"Sete escolas fecharam em adesão a esta greve e muitas outras aderiram de forma parcial", disse o responsável sindical, fazendo um balanço "claramente positivo" da iniciativa.
André Pestana sublinhou que esta foi a primeira greve realizada depois da revisão de estatutos do sindicato, que agora abrange "todos os profissionais de educação", de funcionários a psicólogos, além dos docentes.
"Temos recebido muitas solicitações para fazer reuniões em escolas", afirmou André Pestana, explicando que fica ao critério dos profissionais de cada estabelecimento "a forma como vão organizar a sua luta".
Assim, há escolas que fecham um dia inteiro, enquanto outras encerram durante um turno ou aproveitam o pré-aviso para realizarem manifestações e outras ações de protesto.
André Pestana criticou os sucessivos governos por não terem cumprido os planos para a retirada de materiais contendo amianto, nomeadamente em coberturas.
Do Ministério da Educação aguarda resposta a vários pedidos de reunião. "Há uma clara discriminação política", lamentou.
O STOP começou por entregar um pré-aviso de greve para 15 dias, período que hoje termina, com uma renovação até 31 de outubro.
De acordo com o STOP, há cerca de 100 escolas onde o amianto continua a ser um problema para alunos, professores, funcionários e pessoas que vivem nas proximidades.
Muitos desses estabelecimentos foram alvo de intervenções para a retirada dessa substância, considerada cancerígena, mas o trabalho de remoção foi mal feito, segundo o porta-voz do sindicato.
O STOP exige a retirada do amianto das escolas, lembrando que "põe em perigo diariamente milhares de crianças, encarregados de educação e profissionais de educação".