“Com o mesmo ministro só poderá existir a mesma resposta"

A FENPROF opõe-se à continuidade de Tiago Brandão Rodrigues como ministro da Educação, recordando a batalha travada entre o Governo e os professores na legislatura anterior.

Referendo: "97% dos professores não abdica do tempo total de serviço"

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Mafalda Tello Silva
16/10/2019 19:08 ‧ 16/10/2019 por Mafalda Tello Silva

País

FENPROF

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) considerou que as “ligeiras mudanças” realizadas no Governo de António Costa, tal como o programa eleitoral dos socialista, trarão “poucas alterações” às políticas desenvolvidas na anterior legislatura, que, segundo a força sindical, ficaram “marcadas pela falta de soluções”.

Num comunicado enviado às redações, a FENPROF opõe-se à “recondução” do ministro da Educação para uma nova legislatura, caracterizando Tiago Brandão Rodrigues como um executivo que, nos últimos quatro anos, “não existiu nos momentos mais críticos”.

A força sindical acusou também o ministro de ter tomado “posições, algumas ilegais, de afronta e grande desrespeito pelos professores, pela sua vida profissional, pelas suas condições de trabalho e pelas suas organizações sindicais representativas”.

Recorda-se, ainda, que Tiago Brandão Rodrigues, em diversos momentos, pôs em causa princípios fundamentais do Estado de Direito Democrático, violando direitos constitucionais, como o direito de negociação colectiva ou o direito à greve, tentando obstaculizá-los, por via da ameaça e da chantagem”, pode ler-se ainda na referida nota.

Sobre a criação do ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, destinado a revisitar as carreiras dos trabalhadores do Estado e que será tutelado pela ex-secretária de Estado da Educação Alexandra Leitão, a FENPROF esclarece que “não abdicará de uma negociação autónoma, preferencialmente realizada no âmbito das tutelas directas”.

Aguardando a marcação da primeira reunião com o ministro, a força sindical promete que no Caderno Reivindicativo, que será entregue a Tiago Brandão Rodrigues, irá exigir, entre várias reivindicações, a “recuperação do tempo de serviço cumprido e que ainda não foi contabilizado para carreira: 6 anos, 6 meses e 23 dias”.

Sublinhe-se que, ontem, em reacção à apresentação do XXII Governo Constitucional, Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF já tinha afirmado que a continuidade de Tiago Brandão Rodrigues como ministro da Educação representava "uma afronta e uma provocação" aos professores e que o executivo não tinha “condições para ser ministro". 

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