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Marca do Festival Temps d´Images "são as peças e não os artistas"

A diretora artística do Temps D´Images, Mariana Brandão, sublinhou hoje que a marca do festival, que este ano apresenta 20 espetáculos, nove em estreia absoluta, "passa sobretudo pelas peças apresentadas, e não pelos artistas ou espaços".

Marca do Festival Temps d´Images "são as peças e não os artistas"
Notícias ao Minuto

15:00 - 15/10/19 por Lusa

País Diretora

Entre 01 de novembro e 01 de dezembro, 15 espaços culturais da capital vão acolher os espetáculos de dança, teatro, vídeo, música, documentário, filme e performance deste festival que acontece em 17.ª edição.

"Nós trabalhamos para que a marca do festival seja dada pelas peças que apresentamos. Tentamos programar a partir de trabalhos e não dos artistas", disse a diretora artística em declarações à agência Lusa.

Para Mariana Brandão, o mais importante é "não tanto construir um discurso em torno dos trabalhos dos artistas, mas criar as condições para esses trabalhos falarem".

"Somos um festival de nicho. Trabalhamos para encher as nossas salas, mas não propriamente em termos de números. Gostamos de poder viabilizar trabalhos que de alguma maneira não avançam, ou encontram algumas dificuldades noutros contextos mais tradicionais, ou mais convencionais", descreveu, sobre o perfil do Temps D´Images.

A música é uma área forte nesta edição, que abrirá justamente com um concerto, apresentado paralelamente com um trabalho em vídeo "Home is where your heart is", de Vasco Mendonça com o coletivo Drumming e Vânia Rovisco, a 01 de novembro, no Palacete Gomes Freire.

Questionada sobre o peso dos artistas nacionais e estrangeiros nesta edição do evento artístico, a diretora disse: "Nós assumimos uma vocação nacional para o festival, e estamos pacificados com isso. Para nós é muito complicado transportar equipas de fora. Somos um festival eminentemente composto por artistas portugueses, e por alguns estrangeiros que se relacionam com o panorama cultural português, com os quais conseguimos juntar esforços".

Maria Gil e Miguel Bonneville, Alexandre Pieroni Calado e João Ferro Martins, Ricardo Vaz Trindade, Sara Vaz & Marco Balesteros, Julián Pacomio & Ángela Millano, Frederico Barata, Francisca Manuel + Eduardo Breda, e Adaline Anobile são alguns dos artistas que vão marcar presença na edição deste ano do evento.

Quase a chegar à maioridade, a 17.ª edição do Temps d´Images não foi concebida como "mais uma", mas antes como "uma renovada oportunidade para apresentar um conjunto de peças, trabalhos, acontecimentos e objetos que testemunham a diversidade e vitalidade do panorama artístico nacional".

Mariana Brandão sublinha que o festival está orientado para "programar, acima de tudo, obras e não tanto artistas e muito menos ideias ou conceitos", o que resultou numa "proposta de programação artística diversa em termos estéticos, geracionais, tipológicos e de radicação".

Questionada sobre o orçamento global do festival, a diretora disse que ronda os 40 mil euros, valor que tem flutuado ao longo dos tempos "desde pior a melhor", disse a programadora, nascida no Porto, em 1976, formada em Dança e em História da Arte.

"Tivemos edições mais favoráveis em termos financeiros e outras bastante mais complicadas", disse a programadora, acrescentando que o principal financiador é a Direção-Geral das Artes, com o apoio de quase o valor global, e também a Câmara Municipal de Lisboa.

Mariana Brandão trabalhou no Museu de Arte Contemporânea de Serralves de 1999 a 2011, e como colaboradora da Direção-Geral das Artes entre 2008 e 2011.

É desde 2008 docente universitária no âmbito da Dança e da Performance, campo sobre o qual concluiu em 2016 uma tese de doutoramento como bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Investigadora associada do Centro de Estudos e de Investigação em Belas-Artes (CIEBA) da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é também diretora de produção do Arena Ensemble.

A festa de encerramento do Festival Temps d´Images está prevista para 30 de novembro, às 22:30, no Musicbox Lisboa, com um concerto e vídeo pelo grupo O Bom, o Mau e o Azevedo.

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