PCP promove concentração contra fecho dos CTT no Monte de Caparica
O PCP de Almada vai realizar uma concentração contra o fecho do único posto de correios na freguesia do Monte de Caparica, defendendo que este encerramento irá prejudicar a população e, sobretudo, os idosos, anunciou hoje o partido.
© Global Imagens
País Almada
"Este fecho terá prejuízos para a população e principalmente para a população mais idosa que vai ficar sem um serviço público de proximidade e não vai poder levantar as suas reformas e pensões", disse à Lusa Sandra Bacalhau, da concelhia do PCP.
Segundo a responsável, será no próximo dia 21 de outubro que irá encerrar o único posto dos CTT do Monte de Caparica, em Almada, no distrito de Setúbal, o que foi anunciado através de um papel colocado na porta do estabelecimento, que se encontrava concessionado desde maio.
"Em maio tinha sido transferida a gestão dos correios para o posto. Tiraram todas as funcionárias e concessionaram a uma pessoa só, mas pelos vistos não está a aguentar e terá que encerrar", explicou.
De acordo com Sandra Bacalhau, as alternativas para a população levantar a correspondência serão um café em Vila Nova de Caparica ou no posto de correios da freguesia de Sobreda, a cerca de cinco quilómetros.
Na visão da responsável, estas opções não são viáveis, sobretudo para a população idosa, porque as deslocações para a Sobreda "são muito diminutas e não há transportes públicos com a frequência desejada".
Além disso, na sua perspetiva, a possibilidade de levantar a correspondência no café faz com que "se perca a privacidade".
"Se eu recebo uma carta do tribunal ou das Finanças, vou perder a minha privacidade e nem é tão seguro", defendeu.
Por estes motivos, a concelhia do PCP organizou uma concentração para a próxima quarta-feira, pelas 08:30, junto ao posto do Monte de Caparica, apelando à participação dos utentes para "lutarem pela reposição da estação dos CTT" nesta localidade.
A União das Freguesias de Caparica e Trafaria também vai estar presente no movimento, mostrando-se "solidária com toda a luta e iniciativas" que possam impedir o encerramento de um "serviço fundamental".
"O serviço de correspondência tem que voltar para a esfera pública, porque desde que foi a privatização, os postos são encerrados de um dia para o outro, mas a população precisa deste serviço público de proximidade", defendeu a presidente da união de freguesias, Teresa Coelho, em declarações à Lusa.
Para impedir o fecho do posto, a junta de freguesia também lançou hoje uma petição 'online', que já conta com cerca de 200 assinaturas.
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