"Somos pessoas que temos preocupações na área ambiental, mas também na habitação", disse à Lusa Carmo Gregório, membro da direção da associação.

Nos ecobairros vão viver pessoas "empenhadas na preservação da biodiversidade, da água, do solo e da energia", tendo como propósito uma vida e um futuro melhor.

A associação fica sediada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, e foi constituída em fevereiro deste ano, mas os membros já tinham várias ideias e pensavam avançar com o projeto há algum tempo.

"Esta associação é relativamente recente, é muito jovem, apesar de já estarmos há dois anos a reunir e a discutir as questões relacionadas com esta temática", informou Carmo Gregório.

Com esta iniciativa pretende-se consciencializar os cidadãos sobre os problemas ambientais e económicos decorrentes da construção de habitações.

Os sócios contribuem com o pagamento de quotas depois de se inscreverem no 'site' da Associação Eco-Bairros de Futuro, que já conta com participantes de todas as idades e profissões.

Até agora a instituição não pôs em prática nenhum projeto para a construção de um ecobairro, mas Carmo Gregório afirma que estão "a tentar reunir parcerias para poder fazer isso".

Como ainda não têm nenhuma parceria definida, a associação vai organizar um evento no sábado, das 10:00 às 16:45, no Cinema Europa, em Lisboa, para atrair mais pessoas para a causa.

"Vamos agora realizar um primeiro evento público, e, portanto, a ideia é reunir pessoas que tenham conhecimento técnico sobre ecobairros, para podermos passar da teoria à prática", disse a representante.

O objetivo principal deste projeto é conseguir construir um ecobairro que una qualidade e conforto em Lisboa, para depois servir de exemplo a todo o país.

"Este evento serve também para dar a conhecer a associação e para começarmos a reunir informação que permita depois operacionalizar os objetivos", referiu Carmo Gregório.

O maior entrave à construção destes espaços, apontou, é conseguir "o terreno e construir a habitação, nas grandes cidades, a preço não especulativo".

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