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PS reforça votação em Castelo Branco e deixa de dividir mandatos com PSD

O PS venceu no domingo as eleições legislativas no distrito de Castelo Branco, com 40,88% dos votos e com três dos quatro mandatos possíveis, enquanto o PSD ficou apenas com um deputado.

PS reforça votação em Castelo Branco e deixa de dividir mandatos com PSD
Notícias ao Minuto

00:51 - 07/10/19 por Lusa

País Castelo Branco

Depois de apuradas as 120 freguesias do círculo de Castelo Branco, verifica-se que o PS teve uma vitória clara em que reforçou a votação (há quatro anos teve 38,86%) e conquistou mais um deputado do que nas eleições legislativas de 2015.

Em 2009, o distrito passou a eleger apenas quatro deputados e, desde então, PS e PSD tinham conquistado sempre o mesmo número de mandatos (dois cada um), mas nestas eleições o PSD teve apenas 26,33% dos votos e perdeu um deputado. Há quatro anos, a coligação PSD/CDS-PP tinha obtido 35,31%.

Num círculo com pouco mais de 170 mil eleitores inscritos e em que se apresentaram a votos 18 forças partidárias, só PS e PSD conseguiram eleger e apenas o BE ficou acima dos dois dígitos, com 11,05%, garantindo assim o terceiro lugar que tinha conquistado em 2015.

O PCP-PEV passou de 6,03% para 4,75% e o CDS, que em 2015 tinha concorrido coligado com o PSD, ficou com 3,71% dos votos.

Em linha ascendente surge o PAN, com 2,38% dos votos, contra os 0,83% que tinha obtido em 2015.

Deste modo, o círculo eleitoral de Castelo Branco à Assembleia da República ficará composto pelos socialistas Hortense Martins, que segue para a quinta legislatura na Assembleia da República, e por Eurico Brilhante Dias, que em 2015 também já tinha sido eleito pelo círculo de Castelo Branco e que acabou por ser chamado a exercer funções de secretário de Estado da Internacionalização. Junta-se-lhes Nuno Fazenda, dirigente de Administração Pública.

Na bancada do PSD, com a saída de Manuel Frexes e de Álvaro Batista, estreia-se Cláudia André, professora e vereadora na Câmara da Sertã, cujo nome foi anunciado como cabeça de lista pelo círculo de Castelo Branco pelo próprio presidente do partido, Rui Rio.

Para número dois, os sociais-democratas apostaram no atual líder da distrital, Luís Santos, mas apenas Cláudia André conseguiu ser eleita.

No mapa eleitoral, verifica-se que os socialistas venceram em oito dos 11 concelhos, sendo que a vitória mais significativa é a de Proença-a-Nova, onde o PS nunca tinha vencido em eleições legislativas.

Além disso, também ganhou em Penamacor, terra natal de António José Seguro (PS) e onde em 2015 tinha sido a coligação PSD/CDS a vencer.

Tal como já tinha acontecido em 2015, os concelhos de Belmonte, Covilhã, Castelo Branco, Fundão e Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão também ficaram pintados de cor-de-rosa.

Oleiros, Sertã e Vila de Rei foram os concelhos que se mantiveram fiéis ao PSD.

Quanto à abstenção no distrito de Castelo Branco, também voltou a subir relativamente a 2015, tendo passado de 42,54% para os atuais 44,91%.

O distrito de Castelo Branco, no interior do país, continua a debater-se com a perda de população, mas, apesar de registar menos 11.226 inscritos do que nas legislativas de 2015, manteve a eleição de quatro deputados.

Em 2018, nos 11 concelhos que compõem o distrito, residiam em média 180.105 pessoas, segundo o portal EyeData. Em 2011, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o distrito de Castelo Branco contabilizava 190.264 habitantes.

Em 2017, o distrito apresentava uma percentagem de 11,11% por mil habitantes ao nível dos trabalhadores na Administração Pública Local, contra 11,62% de média nacional.

Neste território situado junto à fronteira com Espanha, os setores primário e terciário dominam, apesar de haver algumas exceções no setor secundário.

O índice de poder de compra 'per capita' no distrito, em 2015, era de 83,87 (Portugal=100,22) e o ganho médio mensal de um trabalhador por conta de outrem, em 2016, era de 874,62 euros, face aos 1.108,56 a nível nacional.

Em 2018, o número de desempregados inscritos em termos de percentagem da população residente entre os 15 e os 64 anos era de 05,54%.

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