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Óbito: Guilherme d'Oliveira Martins recorda "homem de causas até ao fim"

O ex-presidente do Tribunal de Contas Guilherme d'Oliveira Martins recordou hoje o fundador do CDS Diogo Freitas do Amaral como um "homem de causas até ao fim" e elogiou o seu "grande sentido de solidariedade".

Óbito: Guilherme d'Oliveira Martins recorda "homem de causas até ao fim"
Notícias ao Minuto

19:22 - 04/10/19 por Lusa

País Freitas do Amaral

Diogo Freitas do Amaral era um homem de causas e até ao fim esteve sempre empenhado nas causas cívicas, nas causas da democracia", afirmou o ex-presidente do Tribunal de Contas e antigo ministro, à entrada para o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde decorre o velório de Freitas do Amaral.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi dos primeiros a chegar aos Jerónimos, onde a urna com o corpo de Freitas do Amaral está em câmara ardente desde as 17:00, na Igreja de Santa Maria.

O chefe de Estado ficou apenas por breves instantes, para regressar mais tarde.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, e o ex-primeiro-ministro e presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, compareceram nos Jerónimos perto das 18:00, sem prestar declarações à comunicação social.

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã chegou, pelas 17:40, acompanhado pela jornalista e tradutora espanhola Pilar del Río, viúva do escritor José Saramago, e lembrou Freitas do Amaral como "uma figura que emergiu no anterior regime", mas que "foi um pilar do debate democrático".

Francisco Louçã referiu que, apesar das "grandes diferenças", os dois encontraram-se muitas vezes, "contra a guerra do Iraque, no manifesto pela reestruturação da dívida, contra o Bolsonaro", atual Presidente do Brasil.

"Eram atitudes de grandeza, e acho que isso lhe devemos, e por isso quis aqui trazer-lhe uma homenagem de amizade, de simpatia e de memória", acrescentou.

Já o diplomata António Monteiro recordou o homem "que gostava de expressar a sua opinião" e tinha as "suas ideias", acrescentando que "só não fez mais" enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros "por problemas de saúde".

Na opinião do também antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Comunidades Portuguesas - durante o Governo de Pedro Santana Lopes -, Freitas do Amaral será recordado "como um grande defensor do multilateralismo".

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, referiu que o fundador do CDS era uma pessoa cuja "decência, sentido de Estado e elevada dignidade" sempre admirou.

"Um homem de Estado, que serviu o país, que serviu a academia, mas também que um grande mestre, com quem tive a oportunidade de trabalhar, com quem aprendi muito", finalizou.

O fundador do CDS e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Diogo Freitas do Amaral morreu, na segunda-feira, aos 78 anos.

Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim, no distrito de Porto, em 21 de julho de 1941. Foi presidente do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, e ministro em vários governos.

Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS-PP em 1992.

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