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Hacker em preventiva. "MP transformou-me numa espécie de preso político"

Publicação colocada na página de Twitter de Rui Pinto na noite desta quarta-feira.

Hacker em preventiva. "MP transformou-me numa espécie de preso político"
Notícias ao Minuto

21:24 - 25/09/19 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Rui Pinto

Rui Pinto vai continuar em prisão preventiva. Foi colocada, esta quarta-feira à noite, uma mensagem na página de Twitter do hacker, onde é revelada a informação. 

"A manutenção da medida de coação de prisão preventiva é simplesmente apenas mais um episódio revelador do terrorismo judicial de que venho sendo alvo. O Ministério Público transformou-me numa espécie de preso político, silenciando e proibindo de receber visitas de jornalistas, tudo em nome do interesse nacional, e com o objetivo de garantir a proteção da grande corrupção e evasão fiscal", é escrito. 

A mensagem continua, com Rui Pinto a afirmar que nestes últimos seis meses nunca foi abordado "por qualquer inspetor da Polícia Judiciária ou procurador do Ministério Público especializado na investigação de crimes financeiros ou de corrupção", acrescentando que "não existe nenhuma investigação aos indícios criminais revelados no Football Leaks, nem às diversas denúncias anónimas que submeti através da plataforma de denúncias anónimas do DCIAP, entre os anos de 2017 e 2018"

O hacker escreve ainda que "o Ministério Público, nos correntes moldes, está a transformar-se num perigo para o equilíbrio da democracia e do Estado de direito em Portugal" e que "se dá ao luxo de escolher quem deve e quem não deve ser alvo de investigações". 

A nota termina com Rui Pinto a afirmar que terá "em tribunal o palco ideal para contar muito" do que sabe. 

De lembrar que Rui Pinto, criador do Football Leaks, realizou 307 acessos em dois meses aos servidores da Procuradoria-Geral da República e obteve documentos dos processos de Tancos, do BES e da Operação Marquês, segundo a acusação do Ministério Público.

O Ministério Público (MP) acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República (PGR), e consequente divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

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