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Associação Protetora dos Diabéticos pede a Guterres fim de injustiças

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal apelou hoje ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para que ajude a terminar com as injustiças entre promessas e progressos na saúde, de modo a melhorar o bem-estar e reduzir a mortalidade.

Associação Protetora dos Diabéticos pede a Guterres fim de injustiças
Notícias ao Minuto

15:05 - 23/09/19 por Lusa

País Diabetes

Numa carta aberta divulgada hoje, mas enviada nas vésperas da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Cobertura Universal de Saúde, que acontece hoje, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) começa por elogiar António Guterres pelo empenho que tem tido na luta por uma cobertura universal de saúde e por uma saúde para todos.

Admite que nas últimas décadas foram feitos grandes progressos, nomeadamente no aumento da esperança média de vida e da qualidade de vida, mas pede, por outro lado, que o secretário-geral das Nações Unidas "não subestime o próximo grande desafio que é o de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em apenas dez anos".

"A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal associa-se à organização internacional NCD Alliance e vem pedir-lhe que atue como líder para colmatar as lacunas injustas e injustificáveis entre promessas e progresso: as promessas à cobertura universal de saúde, ao acesso justo a cuidados de boa qualidade, aos cuidados de saúde adequadamente financiados para prevenir e gerir doenças e combater as suas causas", lê-se no documento.

A APDP lembra a António Guterres que a reunião de hoje "deve ser um momento transformador para cada país e para cada pessoa", defendendo que a cobertura universal de saúde "é a ferramenta mais poderosa (...) para melhorar vidas, garantir justiça e estabilidade, criar oportunidades de crescimento e de alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável".

"Está ao seu alcance evitar muitas mortes precoces, dor e tensão financeira infligida por doenças não transmissíveis em Portugal e, se estiver ao seu alcance, em outros países. Pedimos que implemente medidas testadas e comprovadas para melhorar o bem-estar e reduzir a mortalidade, de acordo com os compromissos para 2025 e 2030, para incluir a prevenção e o cuidado das doenças não transmissíveis nos benefícios da Cobertura Universal de Saúde, e garantir que ninguém seja empurrado para a pobreza por causa das suas necessidades de saúde", defende a APDP.

Na opinião da associação, a maioria dos países não está a fazer o suficiente e não está a conseguir cumprir a meta de redução de mortes prematuras por doenças não transmissíveis em um terço até 2030, sublinhando que a qualidade de vida não está a acompanhar o aumento da esperança média de vida.

Pedem ainda a Guterres que olhe para a cobertura universal de saúde numa perspetiva de ciclo de vida, desde a prevenção ao cuidados paliativos, com sistemas de saúde integrados que dão prioridade à saúde em vez das doenças individuais e que colocam as pessoas que vivem com doenças não transmissíveis no centro da tomada de decisões.

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