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Ação climática: Lisboa funciona de acordo com "as suas capacidades"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa defendeu, na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que a capital portuguesa não se queixa de falta de poderes ou dinheiro para implementar um plano sustentável de ação climática.

Ação climática: Lisboa funciona de acordo com "as suas capacidades"
Notícias ao Minuto

13:48 - 23/09/19 por Lusa

País Fernando Medina

Segundo Fernando Medina, que falou num painel no âmbito da Cimeira de Ação Climática, da ONU, em Nova Iorque, o município de Lisboa dá o exemplo de trabalhar de acordo com as suas capacidades, sem se queixar sobre poderes ou dinheiro que não tem, tendo sido uma das 102 cidades do mundo a adotar o objetivo de zero emissões até 2050, num país que assumiu esse objetivo para todo o território.

O líder do executivo lisboeta disse à agência Lusa, à margem, que o discurso sobre o combate às alterações climáticas tem de ser simplificado para os cidadãos, depois de declarar em frente à audiência internacional que não se trata de "ciência aerospacial" no que toca a garantir mais eficiência energética e o abandono das emissões de carbono na atmosfera.

"Acho que nestas áreas há um discurso muito cifrado para os cidadãos. Mesmo o cidadão que está em casa a ouvir, que se preocupa com o clima, com o ambiente, com as emissões, muitas vezes são-lhe atiradas palavras mais complexas ou objetivos mais complexos", disse Fernando Medina à Lusa, à margem da Cimeira de Ação Climática da ONU, que termina hoje em Nova Iorque.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa considerou que encontrou boas reações às declarações que fez no painel da ONU para o qual foi convidado, onde apresentou o objetivo de zero emissões líquidas até 2050, através da manutenção e aumento dos espaços verdes e plantações na cidade, as medidas de incentivo de utilização dos transportes e o aumento da eficiência energética das casas e construções.

O autarca, que preferiu um "discurso simplificado" em vez de um discurso teórico, científico ou "hermético", acrescentou que "nada disto requer uma grande tecnologia": "Não estamos aqui a descobrir a pólvora e não precisamos de uma revolução tecnológica".

"Há uma reação positiva quando as pessoas sentem que veem cidades a avançar", salientou Fernando Medina, acrescentando que Lisboa inspirou-se noutras cidades para adotar medidas de sustentabilidade, como Viena, capital da Áustria, para o passe único.

Medina falou domingo em Nova Iorque sobre as medidas e os bons resultados encontrados para a passagem de transportes individuais para coletivos, o cuidado com o consumo energético nas casas, através dos materiais de construção, equipamentos de aquecimento ou ar condicionado e passando pela plantação de mais árvores nas cidades.

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