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Univ. de Coimbra ignora papel social da pecuária ao proibir carne de vaca

O secretário técnico da Raça Churra Galega Bragançana, Armando Carloto, acusou hoje o reitor da Universidade de Coimbra de ignorar o papel social da pecuária em Portugal ao proibir a carne de vaca nas cantinas.

Univ. de Coimbra ignora papel social da pecuária ao proibir carne de vaca
Notícias ao Minuto

20:22 - 18/09/19 por Lusa

País Reação

A Churra Galega Bragançana é uma raça autóctone transmontana que tem na qualidade da carne do cordeiro o lado mais evidente, mas que, como vincou o responsável, se diferencia, junto com as raças locais, das produções intensivas associadas à poluição e tem um papel fundamental social e económico.

"Os animais fazem falta, têm uma outra componente sem ser o carbono, tem uma outra componente social, fixam as pessoas ao local, diminuem o risco de incêndios e, portanto são essenciais", vincou.

O secretário técnico da raça falava, na zona do Romeu, em Mirandela, onde está em curso um projeto internacional de pastoreio com as vertentes de prevenção dos incêndios florestais e melhoria da qualidade dos produtos pecuários.

Em reação à decisão da Universidades de Coimbra de retirar, a partir de janeiro, a carne de vaca das ementas, o técnico transmontano salientou que a componente social "é extremamente importante" para mudar "a perspetiva de como se vê a produção pecuária em Portugal".

"Especialmente quando o reitor de Coimbra [decide que] não é qualquer carne, é toda, quer dizer não é o modo como ela é produzida, se é intensivo, se como é, é toda a carne. Há outras realidades que convinha também olhar", defendeu.

Armando Carloto frisou que é necessário distinguir a produção intensiva da forma como são criados os animais em regime de pastoreio em zonas como Trás-os-Montes.

"Uma coisa é estar a produzir carne num sistema superintensivo, com antibióticos, com hormonas, com o que seja, daquela forma em que há uma acumulação de matéria orgânica brutal, que estamos a provocar ali uma poluição enorme, outra é produzir as animais em extensivo, diminuindo a biomassa nos campos, evitando os incêndios, por exemplo, na época de verão, que é uma praga a nível nacional", concretizou.

A Raça Churra Galega Bragançana é protegida pela União Europeia e tem vindo a aumentar o efetivo na última década, contabilizando atualmente um efetivo próximo dos 15.500 animais subdivididos em branca e preta.

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