Apesar do número elevado de incêndios, os "resultados são animadores"
Nas primeiras semanas de setembro deflagraram mais de dois mil incêndios de “dimensão significativa”, mas os “resultados são animadores”. Quem o diz é o ministro da Administração Interna.
© Global Imagens
País Eduardo Cabrita
No final da reunião semanal com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) do qual fazem parte todas as entidades envolvidas no sistema de Proteção Civil, o ministro Eduardo Cabrita reconheceu que nas últimas duas semanas a “severidade atmosférica” aumentou os níveis de risco, mas o balanço é positivo.
Durante esse período, destacou o governante, deflagraram “mais de dois mil incêndios rurais de dimensão significativa”, nomeadamente entre “quinta-feira e domingo, dias de particular risco”, em que “três incêndios de grande dimensão” mobilizaram “largas centenas de operacionais”.
“Às 2h25 [da passada] sexta-feira, esses [três] incêndios de dimensão significativa determinaram o pico de intervenção em que sete mil operacionais manifestaram presença”, disse o ministro da tutela, deixando uma palavra de agradecimento “a estes milhares de homens e mulheres” que estiveram no terreno.
Os resultados são por isso “animadores”. O número de ocorrências, registadas entre 1 janeiro e 16 setembro, mostra "uma redução de 41% relativamente à média dos últimos dez anos”, assim como da área ardida, que está “63% abaixo da média dos últimos dez anos”.
Nesta declaração aos jornalistas, o ministro da Administração Interna deixou ainda uma palavra de “solidariedade aos afetados por estes ocorrências”, em particular à família do piloto do helicóptero que caiu em Valongo e às “três dezenas de operacionais feridos”. A todos endereçou “votos de rápidas melhoras”, sublinhando que estão “livres de perigo”.
Agora, concluiu, é tempo de “começar a preparar o verão futuro”, a desenvolver uma “cultura de segurança e de alteração das condições de paisagem”, e fazer um balanço com as empresas da área energética - sobretudo com a REN e EDP - sobre a identificação das linhas de alta e muito alta tensão nas cartas de risco e a sinalização de modo a que seja possível reduzir o risco ao máximo”.
Recorde-se que, e de acordo com o relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) divulgado na semana passada, a queda do helicóptero que combatia um incêndio em Valongo, e que provocou a morte ao piloto, foi causada pela colisão do balde de transporte de água do aparelho com um dos cabos de alta tensão que não necessitava de sinalização.
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