"Este ano foram encerrados todos os cursos que não preenchiam" vagas
Ministro Manuel Heitor destacou o aumento dos alunos com 20 anos no Ensino Superior.
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País Ensino Superior
O ministro do Ciência, Tecnologia e Ensino Superior aplaudiu esta segunda-feira o facto de este ano letivo, que agora começa, ficar marcado por termos mais de metade dos jovens com 20 anos, residentes em Portugal, a estudarem no Ensino Superior.
“Eram 40% em 2015. E, por isso, este aumento de 25% do número de novos estudantes com 20 anos é particularmente mobilizador para as famílias e mostra claramente um esforço coletivo porque sabemos que aprender é um esforço que compensa e que vale a pena”, disse Manuel Heitor, em declarações à RTP esta manhã.
O governante considerou que o país está no bom caminho para atingir a meta definida: “Chegarmos a 2030 com seis em cada 10 jovens de 20 anos e estudar no Ensino Superior”.
Questionado sobre se é preciso repensar o Ensino Superior, Manuel Heitor respondeu que não. “Temos que ver que o acesso ao Ensino Superior é feito por várias fases, nomeadamente três fases. Este ano foram encerrados todos os cursos que não preenchiam. Este é um processo que se iniciou em julho e que só ficará concluído em novembro”, salientou.
O ministro assegurou ainda que no final de novembro não haverá cursos sem alunos, lembrando que já no ano passado não se verificou essa situação.
“A nossa principal questão é alargar a penetração. Devo dizer que este ano, para além de um aumento dos reingressos, temos um aumento novamente substancial das formações curtas do âmbito técnico-profissional, sobretudo no ensino politécnico, que hoje recebem mais de nove mil estudantes em todo o país e que se afirmaram efetivamente como uma forma particularmente interessante e mobilizadora da população de uma forma geral”, realçou.
Mais 40% de alunos estrangeiros
Por outro lado, acrescentou ainda, “este ano temos um aumento de 40% nos estudantes estrangeiros, que passam a representar cerca de mais sete mil novos estudantes, com um aumento significativo de estudantes brasileiros, mas também africanos e do sul da Europa, o que é também sinal da afirmação do ensino português no mundo e, certamente, nos países de expressão portuguesa e que também traz uma garantia para o futuro de estarmos a qualificar mais jovens que poderão vir a trabalhar em Portugal”.
Quanto à aposta na investigação, Manuel Heitor realçou o “muito” que já foi feito. “Passamos de 1,2% do PIB de investimento global para 1,4. E hoje o investimento nas empresas é superior ao investimento público, o que mostra que temos um esforço coletivo do setor privado também em fazer mais investimento”, destacou, não deixando de apontar “a ambição” para alcançar a meta de 2030: chegar a 3% do PIB em 2030, num esforço consecutivo público e privado durante a próxima década.
“Temos de fazer sempre mais, e a ambição é grande de chegarmos a 2030 num sistema verdadeiramente convergente com a média europeia. E por isso temos que ter mais jovens a estudar, mais empresas a empregar, e esse é o percurso”, rematou.
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