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Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas pede apoio a Marcelo

Uma delegação constituída por representantes do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL) e da Federação Nacional da Educação (FNE) pediu hoje apoio ao Presidente da República para professores e alunos do ensino de português no estrangeiro.

Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas pede apoio a Marcelo
Notícias ao Minuto

23:42 - 05/09/19 por Lusa

País Professores

À Lusa, no final de uma reunião em Lisboa com Marcelo Rebelo de Sousa, a secretária-geral do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL), Teresa Duarte Soares, referiu que a "discriminação e 'status' de inferioridade'" de professores e alunos portugueses no estrangeiro foram os principais tópicos abordados no encontro.

A sindicalista assinalou que os professores têm "uma prioridade inferior nos concursos em Portugal" e que os alunos pagam "uma taxa de frequência, que vai contra os princípios constitucionais", e manuais, além de terem "péssimas condições de ensino".

"Nós, no ensino do português no estrangeiro, temos o que se pode chamar uma discriminação dupla, tanto em relação aos professores, que são inferiores aos professores aqui em território nacional, e aos alunos, que não usufruem dos direitos que as crianças e os jovens portugueses têm em território nacional, com um ensino que é gratuito, com manuais gratuitos, enquanto no estrangeiro todas as coisas têm de ser pagas", disse a representante.

Para Teresa Duarte Soares, a solução para os docentes passa pela "criação de um quadro de professores no estrangeiro que permita a vinculação ou, então, a possibilidade de concorrer em igualdade com os professores de Portugal para a colocação nas escolas".

No caso dos alunos, a secretária-geral do SPCL pede a revogação da taxa de frequência e que os manuais passem a ser gratuitos, apelando ainda para uma "melhor qualidade de ensino", referindo que é "absolutamente inaceitável" que alunos de vários níveis de ensino tenham aulas em conjunto.

A líder sindical considera que pode haver "uma certa resistência" por parte do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, uma vez que a taxa de frequência "já faz parte do orçamento e não vai ser fácil prescindirem dela".

Ainda assim, mostra-se otimista, uma vez que "o número de alunos tem vindo a diminuir muito nos últimos anos" e o valor desta contribuição é cada vez menor.

Segundo a responsável sindical, este valor é inferior a um milhão de euros e "um milhão para um Orçamento do Estado não é nada, portanto poderá perfeitamente ser feito um reforço" ao instituto.

Quanto ao encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Teresa Duarte Soares considera que houve "uma reação positiva" por parte do chefe de Estado.

"Foi uma reunião produtiva, foi positivo termos este contacto direto com o senhor Presidente, não ser através de ofícios escritos e depois o senhor Presidente ir perguntar ao instituto Camões. Eu acho que, como contacto direto, foi importantíssimo e, certamente, vai ter consequências muito positivas no futuro do ensino do português no estrangeiro", vincou a secretária-geral do SPCL.

Além de Teresa Duarte Soares, esteve também presente Paulo Fernandes, da FNE.

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