ACSS jutifica aumento de cirurgias com redução dos tempos de espera
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) justificou hoje o aumento do número de cirurgias realizadas em entidades dos setores social e privado, em 2018, com a redução dos tempos máximos de resposta garantidos.
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País Cirurgia
Em 2018, houve uma redução dos tempos máximos de resposta garantidos de nove para seis meses para responder de "forma mais rápida às necessidades cirúrgicas dos cidadãos e isso faz com que a utilização das entidades com quem o Serviço Nacional de Saúde tem acordos no setor social e no setor privado fosse utilizada", disse à agência Lusa o vogal da ACSS, Ricardo Mestre.
Segundo o Relatório Anual de Acesso aos Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas relativo a 2018, hoje divulgado, o número de doentes operados cresceu para 594.978 (mais 0,1% do que em 2017), uma resposta ao aumento dos doentes propostos para cirurgia (706.103 em 2018, mais 6.971 do que em 2017.
De acordo com o documento, o aumento global das cirurgias realizadas deveu-se sobretudo aos hospitais convencionados e aos protocolados, que inclui o setor social e os privados.
Os dados de 2018 indicam que nos hospitais convencionados se realizaram 30.962 cirurgias (24.608 em 2017) e nos protocolados 34.258 (29.660 em 2017).
Ricardo Mestre sublinhou que os dados hoje divulgados demonstram que "o Serviço Nacional de Saúde continua a responder de forma positiva aos cidadãos", nomeadamente na atividade cirúrgica, que "em 2018 e à semelhança do que já tinha acontecido em anos anteriores", verificou um aumento.
"Dos cerca de 595 mil portugueses que foram operados no Serviço Nacional de Saúde em 2018, o valor mais elevado de sempre, cerca de 90% foram operados nos hospitais públicos onde foram inscritos", os restantes foram intervencionados em entidades do setor social e privado com quem o SNS tem acordos e convenções para complementar a sua resposta em áreas específicas.
"Estamos a falar de um conjunto de cirurgias mais frequentes e menos complexas, relacionadas por exemplo com cataratas, com varizes, onde existe um grande aumento das necessidades por parte dos cidadãos e onde a resposta do SNS é assegurada com o apoio destes dois setores", explicou.
Questionado sobre os encargos que este recurso representa para o SNS, Ricardo Mestre afirmou apenas que "o SNS acaba por ter um aumento daquilo que é a resposta às necessidades cirúrgicas dos portugueses".
"Nos últimos anos, ano após ano, temos vindo a aumentar no global a atividade efetuada no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente mais atividades nos cuidados de saúde primários e nas consultas a nível hospitalar e a atividade cirúrgica é resultado deste maior acesso dos portugueses ao Serviço Nacional de Saúde", sustentou.
O vogal da ACSS salientou que o aumento das consultas hospitalares permitiu também uma manutenção dos tempos máximos de resposta garantidos, com cerca de 70% das consultas a serem efetuadas dentro do tempo.
Há especialidades onde este cumprimento dos tempos é menor porque há uma maior necessidade de resposta por parte dos utentes e porque "o SNS tem uma capacidade limitada de fazer face a essa resposta".
HN // ZO
Lusa/fim
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