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Várias dezenas de enfermeiros protestam frente à ARS Algarve

Várias dezenas de enfermeiros pediram hoje melhores condições de trabalho frente à Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, em Faro, no segundo dia de greve destes profissionais dos centros de saúde da região, disse fonte sindical.

Várias dezenas de enfermeiros protestam frente à ARS Algarve
Notícias ao Minuto

13:59 - 23/08/19 por Lusa

País Greve

O coordenador do Algarve do Sindicato de Enfermeiros Portugueses (SEP), Nuno Manjua, fez um "balanço positivo" da paralisação de dois dias dos enfermeiros dos centros de saúde algarvios e revelou que a greve teve hoje, no seu segundo dia, "uma adesão de cerca de 70%".

No primeiro dia de greve, na quinta-feira, a adesão variou entre os 50% e os 100%, mas o dia de hoje ficou marcado pela concentração de protesto organizada pela estrutura sindical junto à ARS do Algarve, em Faro, que juntou "entre 60 e 100" enfermeiros que trabalham nos centros de saúde da região, cifrou a mesma fonte.

"Pelos dados recolhidos nas quase totalidade dos centros de saúde temos cerca de70% de adesão e estão aqui concentrados várias dezenas de enfermeiros, entre 60 e 100, com bandeiras e faixas com as nossas reivindicações", afirmou Nuno Manjua, frisando que "a principal reivindicação tem a ver com o descongelamento da progressão das carreiras".

Nuno Manjua criticou a falta de diálogo da ARS Algarve com o sindicato, lamentando que a Administração Regional de Saúde tenha "dito publicamente que continua disponível para dialogar com o SEP", sem avançar para conversações.

"A ARS não fez qualquer contacto desde o pré-aviso de greve apresentado no início do mês, nem desde ontem [quinta-feira, primeiro dia de greve], apesar dos apelos que têm vindo a ser feitos nesse sentido, o que nos leva a pensar que não estão disponíveis para continuar o diálogo", considerou.

O representante criticou ainda o facto de os enfermeiros dos centros de saúde do Algarve estarem a ser "discriminados face a outras instituições que estão a proceder ao correto descongelamento das carreiras" e de a ARS "não assumir responsabilidade por ter perdido processos de avaliação de enfermeiros".

Nuno Manjua qualificou a perda de processos de avaliação como um problema "gravíssimo" e frisou que esta situação "está a prejudicar esses profissionais".

A greve está a provocar "limitações ao nível dos cuidados de enfermagem, de tratamentos, das consultas, da vacinação, da vacinação internacional e dos cuidados domiciliários", segundo Nuno Manjua.

O coordenador do SEP no Algarve responsabilizou a ARS do Algarve "por todo e qualquer constrangimento" que possa surgir para os utentes e turistas da região durante a paralisação de dois dias, que foi convocada para reivindicar a contratação de mais profissionais e a resolução de questões relativas às condições de trabalho, nomeadamente a progressão na carreira.

A ARS revelou na quarta-feira que o número de enfermeiros nos cuidados de saúde primários algarvios subiu de 394, em 2015, para 443, em junho de 2019, mas o SEP defende a contratação de mais 150 enfermeiros para os centros de saúde algarvios.

"Continuam a faltar enfermeiros a uma região com carência crónica. É a região de saúde do país com menor número de enfermeiros, quer em efetivos, quer em percentagem", sustentou Nuno Manjua.

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