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Notificação de consulta a doente que morreu foi “um erro administrativo”

Hospital da Horta assume o erro, mas garante que não recebeu da unidade de saúde de origem do utente qualquer notificação com a informação do óbito. Notificação de consulta a doente que morreu foi “um erro administrativo”

Notificação de consulta a doente que morreu foi “um erro administrativo”
Notícias ao Minuto

15:54 - 18/08/19 por Natacha Nunes Costa

País Hospital da Horta

O Hospital da Horta, acusado esta semana de chamar um utente que morreu há cinco anos para um consulta em setembro de 2019, admitiu “integralmente” o erro, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, mas informa que não se trata de um “incumprimento dos tempos máximos de resposta”das consultas, mas sim de uma “troca de um número de processo”.

“Houve um erro administrativo na emissão de uma convocatória para uma consulta da especialidade de estomatologia. A troca de um número no processo (foi identificado o processo 26032502 em vez do 26032503) esteve na origem do erro que o Hospital da Horta assume integralmente".

Contudo, "é necessário informar que o utente, que recebeu erradamente a convocatória, não tinha qualquer pedido de consulta para o Hospital da Horta, logo não houve qualquer incumprimento dos tempos máximos de resposta. O utente em questão foi seguido nesta unidade hospitalar nos anos de 2010 e 2011 nas especialidades de Ortopedia, Medicina Interna e Hematologia”, explica o Hospital da Horta.

Além disso, segundo o mesmo hospital, este não recebeu “da unidade de saúde de origem [do doente] qualquer indicação” de que este tinha falecido.

Já sobre uma outra denúncia, feita pelo deputado social-democrata açoriano Jorge Jorge, de que um doente que espera uma consulta desde 2012 estava, alegadamente, registado no Hospital da Horta como tendo tido consulta em julho de 2018, apesar desta nunca ter acontecido, esta unidade hospitalar açoriana garante que a mesma foi feita “em regime não presencial”.

“A segunda denúncia feita, na mesma peça, refere-se a uma consulta de gastrenterologia que foi feita em regime não presencial. Tendo em conta que a consulta, no acompanhamento habitual que é feito dos utentes, tinha como objetivo a marcação de um exame, esta acontece em regime não presencial evitando-se assim mais uma deslocação de um utente à ilha do Faial”, esclarece o Hospital da Horta.

Já no final do documento, enviado ao Notícias ao Minuto, o Hospital da Horta “repudia as acusações de má gestão feitas”, referindo-se às acusações feitas pelo parlamentar açoriano.

O Hospital da Horta salienta ainda que “tem mantido com regularidade a deslocação de médicos especialistas à ilha do Pico além de todos os investimentos realizados para melhorar os cuidados prestados naquela ilha, não se revendo num discurso de vitimização que por vezes surge em diferentes contextos”.

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