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ARS admite "constrangimentos pontuais" em maternidades

A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa reconhece "constrangimentos pontuais" nas maternidades, mas indica que "o esforço suplementar dos profissionais" permitiu criar condições para preencher as escalas de serviço nos meses de verão.

ARS admite "constrangimentos pontuais" em maternidades
Notícias ao Minuto

17:32 - 09/08/19 por Lusa

País Saúde

Em resposta escrita enviada à agência Lusa, o presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo indica que tem estado em "permanente" diálogo com os hospitais, para "mitigar possíveis constrangimentos e encontrar soluções".

Os constrangimentos nas maternidades da região devem-se em grande medida, refere Luís Pico, ao "envelhecimento dos profissionais médicos e consequentes aposentações".

Nas quatro maternidades de Lisboa, quase metade dos 127 médicos obstetras têm mais de 55 anos e há perto de duas dezenas que têm entre 50 e 54, idades em que poderiam deixar de fazer urgência noturna ou mesmo diurna.

"Não obstante uma parte significativa destes médicos continuar solidariamente a fazer turnos nas urgências, ainda não se conseguiu ultrapassar os condicionalismos decorrentes desta realidade", indicou Luís Pisco à Lusa.

O presidente da ARS enaltece o "esforço suplementar dos profissionais" das maternidades de Lisboa, que, em conjunto com alguma contratação externa, permitiram "dotar esses hospitais de condições para preencher as escalas durante os meses de verão".

Luís Pisco defende que este ano houve "o envolvimento de todos na organização de respostas às grávidas que procuram serviços", com o objetivo de que todos os hospitais "conheçam as escalas uns dos outros" e que se articulem.

O funcionamento das maternidades em rede é uma realidade que ocorre durante todo o ano, recorda o responsável, que reconhece que tem havido "constrangimentos pontuais", como alguns picos de procura em certos períodos do dia.

Também no caso desses "picos de procura", é a articulação entre hospitais e entre as unidades e o INEM que é fundamental para dar respostas adequadas às grávidas.

O presidente da ARS sublinha que partilha "as preocupações de qualidade e segurança que têm vindo a público", bem como "o objetivo de melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde".

Contudo, Luís Pisco apela para a tranquilidade e a confiança nas equipas hospitalares para evitar "ansiedades desnecessárias" nas grávidas e famílias: "A gravidez e o parto são etapas especiais na vida das famílias, pelo que a confiança depositada nas equipas hospitalares, a calma e tranquilidade em que se empenham os profissionais faz com que todas as partes envolvidas nesta matéria contribuam para evitar ansiedades desnecessárias a quem precisa de recorrer às unidades de saúde".

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