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Mafra decreta estado de alerta municipal e limita abastecimentos

A autarquia de Mafra decretou esta quinta-feira o estado de alerta municipal na sequência da greve dos motoristas de matérias perigosas que está previsto começar no próxima dia 12, segunda-feira.

Mafra decreta estado de alerta municipal e limita abastecimentos
Notícias ao Minuto

16:25 - 08/08/19 por Notícias Ao Minuto

País Combustíveis

"Determina-se a Declaração de Situação de Alerta no Município de Mafra, enquanto não forem repostas as condições de normalidade no abastecimento de combustíveis decorrentes do pré-anunciado período de greve dos motoristas de matérias perigosas, de forma a garantir os abastecimentos essenciais à manutenção dos serviços indispensáveis da comunidade", lê-se no comunicado da autarquia divulgado esta quinta-feira. 

De acordo com a nota, todos os operadores de venda de combustíveis no município de Mafra ficam obrigados a conservar 20% do combustível armazenado (gasolina e gasóleo simples), para uso exclusivo das forças de segurança, forças prioritárias e de apoio comunitário do município.

Paralelamente, "todos os consumidores ficam restringidos a abastecer 25 litros por cada viatura ligeira, 100 litros por cada viatura pesada e 100 litros de gasóleo agrícola, de combustíveis simples"

Além disso, a venda de combustível em jerricã fica interdita, informa ainda o município. 

Por fim, a autarquia sublinha que "deve ser promovido um consumo moderado de combustível, evitando atividades que exijam o consumo de combustíveis fósseis e que não sejam essenciais". 

Mafra, recorde-se, tem dois postos de abastecimento da rede estratégica de postos de abastecimento (REPA). 

Desobediência e resistência às ordens?

No despacho da Câmara de Mafra, assinado pelo presidente esta quarta-feira, é referido que "a desobediência e a resistência às ordens" das entidades competentes, "quando praticadas em situações de alerta", são sancionadas "nos termos da lei penal e as respetivas penas são sempre agravadas em um terço, nos seus limites mínimo e máximo" e que "a violação do dever especial de colaboração implica responsabilidade criminal nos termos da lei".

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) convocaram uma greve a iniciar na segunda-feira, e por tempo indeterminado, e acusaram a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que pôs fim a uma greve que deixou os postos de abastecimento sem combustíveis.

Esta greve ameaça parar o país em pleno mês de agosto, uma vez que vai afetar todas as tipologias de transporte de todos os âmbitos e não apenas o transporte de matérias perigosas. O abastecimento às grandes superfícies, à indústria e serviços deve ser afetado.

Também se associou à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que, com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.

O Governo fixou para a greve que começará na próxima segunda-feira serviços mínimos de 50 a 100% e declarou o estado de emergência energética, situação que permite um reforço da REPA (há agora 374 postos nesta rede, 54 dos quais para veículos prioritários). 

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