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Polícia britânica crê que ossadas de Pedrógão são de Joel Eldridge

A polícia britânica também acredita que o cadáver encontrado pela Polícia Judiciária na zona de Pedrógão Grande seja do britânico Joel Eldridge, que estava dado como desaparecido desde agosto do ano passado.

Polícia britânica crê que ossadas de Pedrógão são de Joel Eldridge
Notícias ao Minuto

12:05 - 07/08/19 por Lusa

País Pedrógão Grande

"Sabemos que são necessários mais testes para confirmar que o corpo é o de Joel, mas suspeitamos que este seja o caso e demos a conhecer este desenvolvimento à sua família. Os nossos pensamentos estão com eles neste momento triste", afirmou o inspector chefe Chris Friday, da polícia do condado de Sussex, num comunicado emitido na terça-feira.

Joel Eldridge era um cidadão britânico residente em Bexhill, a sul de Londres, que se mudou para Portugal em janeiro de 2018 para trabalhar, instalando-se na localidade de Macieira, concelho da Sertã, tendo deixado de dar notícias à família desde meados de julho de 2018.

A Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra revelou na terça-feira ter encontrado na zona de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, ossadas humanas, que, apontou, têm uma "hipótese credível e séria" de pertencerem ao cidadão britânico desaparecido há um ano na região.

"As ossadas foram removidas para o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), onde vão ser sujeitas a exames e ver se se trata, ou não, desse cidadão [britânico]. É uma hipótese séria e credível, mas que carece ainda de informação científica", explicou na terça-feira à agência Lusa fonte da Diretoria do Centro da PJ.

Esta descoberta foi feita no âmbito de uma investigação iniciada há cerca de um ano, por suspeita de crime de homicídio, e que levou a PJ a recorrer a metodologias técnico-científicas de arqueologia forense, bem como ao uso de equipamentos para localização do cadáver.

Segundo a fonte, este processo iniciou-se em agosto de 2018, quando foi comunicado o desaparecimento de um jovem britânico que se encontrava no país há algum tempo.

"O jovem comunicava com a família e deixou de o fazer. A família contactou a embaixada do Reino Unido e a informação acabou por chegar às autoridades portuguesas. Inicialmente, a situação foi encarada como um desaparecimento até voluntário", explicou.

Contudo, após as primeiras diligências feitas no âmbito desse desaparecimento, em agosto de 2018, e após alguns elementos recolhidos, a PJ começou a admitir a possibilidade de o jovem estar a ser vítima de um crime grave, privado de liberdade, ou ter sido morto.

"A partir daí, cerca de um mês depois, a investigação foi direcionada para a Brigada de Homicídios, visto estar-se perante um crime de homicídio", sublinhou.

Segundo a PJ, houve sempre uma cooperação com as autoridades britânicas e a investigação continuou o seu curso normal até esta segunda-feira.

"Entretanto, foram recolhidos dados que permitiram chegar ao local (Pedrógão Grande). Chegamos à conclusão, com os elementos recolhidos, que poderia estar na zona, tendo resultado no aparecimento de um cadáver que pode ser esse cidadão [britânico]", sustentou.

A mesma fonte adiantou que as investigações vão continuar o seu curso em estreita colaboração com as autoridades britânicas e realçou a colaboração da GNR e da Câmara de Pedrógão Grande, que deram "uma ajuda preciosa" em todo o processo.

Agentes da polícia de Sussex estiveram envolvidos na investigação e deslocaram-se a Portugal várias vezes, tendo também assistido a família na divulgação de um apelo público a informação em março, na altura do 30.º aniversário de Joel Eldridge.

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