Agente da PSP impedido de trabalhar por não ter um polo azul claro
O fardamento da Polícia de Segurança Pública (PSP) volta a ser notícia, depois das críticas feitas ao sistema informático onde as encomendas são feitas.
© Global Imagens
País PSP
Um agente da PSP foi impedido de efetuar um serviço remunerado por não ter vestido o polo azul claro daquela força de segurança.
Num documento a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o agente expõe a situação e revela que tudo aconteceu na Esquadra de Valadares, em Vila Nova de Gaia.
“Ao apresentar-me ao Chefe (…) para iniciar o serviço remunerado, conforme escalado na Escala de Serviço da Esquadra da Valadares, por onde presto os serviços remunerados, fui proibido pelo mesmo de efetuar o tal serviço [pois] o mesmo alegou que não podia entrar de serviço com o polo de meia-manga que trajava em virtude de este ser de cor azul escuro”, lê-se no documento.
O agente principal explica que informou o chefe que “já tinha encomendado dois polos – um de meia-manga e outro de manga-comprida, polos estes de cor azul claro – na plataforma de fardamento desta polícia, encomenda efetuada a 8 de julho”.
No entanto, o responsável ter-se-á mostrado intransigente, recusando ver o e-mail com a nota de encomenda, “tendo ainda afirmado que a única maneira de entrar de serviço seria arranjar um polo azul claro”.
O agente refere ainda que, além dos dois polos encomendou também um par de calças e garante que estas já chegaram, ao contrário das camisolas.
"Devido a esta situação não pude realizar este serviço, ficando assim sem poder receber este remunerado no valor de 55,26 euros, tendo ainda ficado prejudicado a nível monetário pela deslocação em carro próprio e a nível familiar", lamenta o polícia.
O Sindicato Unificado da PSP já comentou o sucedido, escrevendo nas redes sociais que a “polícia e quem atualmente dirige esta instituição deveria sentir muita vergonha ao permitir que situações destas persistam”. “Em matéria de fardamento deveriam aprender e muito com a congênere GNR”, remata.
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