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Tancos. Coronel da GNR constituído arguido e proibido de sair do país

O coronel da GNR Teixeira Correia foi hoje constituído arguido no processo do furto de armas de Tancos, tendo ficado proibido de se ausentar do país, disse à Lusa fonte judicial.

Tancos. Coronel da GNR constituído arguido e proibido de sair do país
Notícias ao Minuto

18:53 - 03/08/19 por Lusa

País Tancos

De acordo com a mesma fonte, o coronel Teixeira Correia, que liderava a investigação criminal da GNR à data do furto e recuperação do armamento dos paióis de Tancos, saiu em liberdade, mas está também proibido de contactar com os restantes arguidos do processo.

As medidas de coação ao coronel Teixeira Correia, que é o 25.º arguido do processo, foram aplicadas após ter sido presente ao primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

O coronel Teixeira Correia foi detido hoje no aeroporto de Lisboa, na sequência de uma ordem do Ministério Público, quando regressava da República Centro-Africana. Posteriormente, foi encaminhado para o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, onde foi ouvido.

A notícia da detenção do oficial da GNR foi avançada pelo Jornal de Notícias, que indicava que o coronel Teixeira Correia era, à data do furto do armamento, diretor da estrutura de investigação criminal.

Também segundo o JN, o militar é suspeito de ter autorizado a participação da GNR na encenação para a recuperação do arsenal de guerra, através dos militares do Núcleo de Investigação Criminal de Loulé.

O jornal adiantava ainda que o coronel Teixeira Correia estava colocado desde dezembro do ano passado na República Centro-Africana, como coordenador de uma missão das Nações Unidas, e regressava a Lisboa para um período de férias.

O furto de armas de guerra nos paióis de Tancos foi divulgado em 29 de junho de 2017.

Um dos arguidos do processo é o ex-ministro da Defesa Nacional José Azeredo Lopes, que está proibido de contactar com os outros arguidos, com o seu ex-chefe de gabinete e com o antigo chefe de Estado Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

Quase três meses após a divulgação do furto das armas, a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

O processo de recuperação do material militar levou a uma investigação judicial, por suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento e durante a qual foram detidos o agora ex-diretor da PJM Luís Vieira e o antigo porta-voz da PJM Vasco Brazão e três militares da GNR, num total de oito militares.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

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