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Capacidade das forças de segurança iraquianas com "dinâmica positiva"

O ministro da Defesa Nacional considerou hoje haver "uma dinâmica positiva" em relação à capacidade de as forças de segurança iraquianas assumirem o controlo do seu território, destacando o contributo dos militares portugueses no país.

Capacidade das forças de segurança iraquianas com "dinâmica positiva"
Notícias ao Minuto

18:20 - 31/07/19 por Lusa

País Gomes CRavinho

"O trabalho dos portugueses é um trabalho extremamente valioso (...), de grande profissionalismo, exigente, mas com consequências (...). Cada mês que aqui estão é um mês em que os iraquianos estão mais treinados, mais capazes de assumir eles próprios as suas responsabilidades pela paz e segurança neste território", declarou João Gomes Cravinho no final de uma visita à força portuguesa destacada no Iraque.

O 9.º contingente nacional participa no treino e formação das forças iraquianas no quadro da operação "Resolução Inerente", da coligação internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), liderada pelos Estados Unidos, e está destacado na base militar "Grã Capitan", no campo de treino de Besmayah, a cerca de 50 quilómetros da capital iraquiana, Bagdad.

Os 30 efetivos, incluindo três mulheres, são provenientes de várias Unidades da Brigada de Intervenção e têm como comandante o major André Barros. A missão em solo iraquiano começou em abril e termina em outubro.

Face à "dinâmica positiva", o ministro disse esperar que" dentro de alguns anos (as forças iraquianas) já tenham uma plena capacidade (de controlo do seu território) e não precisem de apoio internacional", mas tem "consciência plena de que há desafios complexos ainda pela frente".

Indicou que os 'jihadistas' do EI já não têm nenhuma capacidade de reter território próprio (...), mas têm muita capacidade ainda de provocarem distúrbios e turbulência no plano local" e, embora o grupo extremista já não consiga atrair "jovens radicais sunitas de diversas partes do mundo incluindo da Europa" como há alguns anos, ainda tem "alguma capacidade de recrutamento" a nível local.

"Vamos ter como coligação internacional trabalho durante vários anos e à medida que as circunstâncias se vão alterando as necessidades também se irão alterar", disse, assegurando que "Portugal participará" no esforço de segurança internacional.

O governante foi recebido com uma guarda de honra à chegada à base "Grã Capitan" para uma visita de três horas, durante as quais assistiu a uma parte do treino de elementos da Polícia Federal iraquiana, teve dois 'briefings' (com o comandante Barros e com o comandante da operação "Resolução Inerente", o general norte-americano Paul LaCamera), almoçou com os militares portugueses, assinou o livro de honra, dirigiu palavras elogiosas a todos os efetivos do contingente e entregou lembranças.

Na "Casa de Portugal", um dos pré-fabricados da base, Gomes Cravinho deu os parabéns ao major Barros pelo trabalho do contingente e disse aos restantes: "estão a fazer um grande trabalho que é absolutamente necessário".

O governante disse ainda aos militares portugueses que eles contribuem não só para a segurança do Iraque como do território nacional, declarando que enquanto ministro da Defesa se sente "muito orgulhoso" do seu trabalho.

Realçou ainda a forma como portugueses e espanhóis têm trabalhado juntos em Besmayah.

"A força nacional destacada está enquadrada num contingente muito maior espanhol e trabalham de força extremamente harmoniosa, com grande ambiente de camaradagem", explicou depois aos jornalistas.

Os militares espanhóis são 90% dos efetivos na base, que atingiam os 650 na semana passada e incluem o 9.º contingente português e soldados norte-americanos, britânicos e franceses.

Também foi em helicópteros Puma do exército de Espanha que o ministro e a sua comitiva foram transportados do aeroporto de Bagdad para a base da coligação internacional e de volta à capital iraquiana.

Gomes Cravinho considerou que a proximidade entre os vizinhos da Península Ibérica "é extremamente positiva pelo que representa para o trabalho" no Iraque, "como eventualmente para outras experiências em outras partes do mundo no futuro".

A comitiva do ministro incluía o responsável pelo comando conjunto para as operações militares, tenente-general Joaquim Soares de Almeida, o comandante de Brigada de Intervenção: brigadeiro-general Carlos Manuel de Matos Alves, o sub-diretor-geral de Política de Defesa Nacional, coronel Nuno Lemos Pires, o assessor militar de Gomes Cravinho, tenente-coronel José Carlos Mimoso e a ajudante de campo do governante, capitão Filipa da Costa Ferreira.

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