Filipe Gaivão regressa após 18 dias a pedalar pela esclerose múltipla

O ciclista português Filipe Gaivão, que percorreu cerca de 2.400 quilómetros, desde Bruxelas, para apoiar doentes com esclerose múltipla, chega hoje a Lisboa, depois de 18 dias a pedalar.

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© Facebook/ SPEM Coimbra

Lusa
28/07/2019 06:33 ‧ 28/07/2019 por Lusa

País

Ciclismo

 

Habituado a pedalar por causas sociais desde 2013, Filipe Gaivão aceitou o desafio da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) para se juntar ao movimento de apoio aos doentes com esclerose múltipla, movimento que pretende chamar a atenção da população para esta doença.

Em declarações à Lusa antes da partida, o ciclista português justificou que a causa pela qual decidiu pedalar serve para "sensibilizar para a gravidade e dificuldade que os doentes com esclerose múltipla têm todos os dias, nos seus empregos e na sua vida".

"No fundo tentar levar a que não só haja uma melhoria nas condições de trabalho destas pessoas, mas também para que em termos institucionais tudo se possa adaptar melhor às necessidades destes doentes", reforçou Filipe Gaivão.

Filipe Gaivão passou por cidades como Antuérpia, Bruxelas, Paris, Bordéus, San Sebastian, Burgos, Valladolid, Salamanca, Coimbra e Leiria e chega hoje a Lisboa, onde é aguardado na sede da SPEM.

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde, a esclerose múltipla é uma doença crónica e autoimune, que afeta mais 8.000 pessoas em Portugal e cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo.

Esta doença tem efeitos nas capacidades físicas e cognitivas dos doentes e atinge sobretudo jovens, em particular as mulheres. Quase dois quintos dos doentes precisam de ajuda e têm frequentemente de deixar o trabalho, mudar de área ou reduzir horas laborais.

A SPEM e as suas congéneres internacionais pretendem chamar a atenção dos decisores políticos e da população em geral para a importância do investimento na investigação na área da esclerose múltipla.

Filipe Gaivão começou a pedalar por causas sociais em 2013 e já fez percursos em bicicleta pela Liga Portuguesa contra o Cancro (2014), pela Amnistia Internacional (2015), pela preservação do Tejo e pela reflorestação das áreas afetadas pelos incêndios do Centro do país.

O ciclista português considera que o "ponto mais alto" das suas viagens de bicicleta por causas sociais foi em 2017, quando foi a Roma e foi recebido pelo Papa Francisco, no qual entregou uma mensagem sobre o desperdício alimentar.

"Vou fazer esta viagem, num esforço que esta causa merece", disse o ciclista português, garantindo que pretende continuar a dar "prioridade a todas estas causas".

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