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Fornecedor de golas antifumos diz que material não se destina ao combate

A empresa fornecedora do material utilizado na campanha "Aldeia Segura - Pessoas Seguras" diz que o mesmo não está preparado para combate aos incêndios, porque essa exigência não constava do caderno de encargos.

Fornecedor de golas antifumos diz que material não se destina ao combate
Notícias ao Minuto

12:34 - 26/07/19 por Lusa

País Golas inflamáveis

"O que posso dizer é que o equipamento não é para ser utilizado no combate aos incêndios", afirmou Ricardo Fernandes, representante da empresa Foxtrot Aventura, situada em Fafe, em declarações à Lusa.

O representante da empresa fornecedora precisou à Lusa que o 'kit' se destinava a ações de 'merchandising', "material demonstrativo para distribuir à população", acrescentando desconhecer o uso que lhe foi dado pela entidade que o adquiriu, no âmbito de um concurso público.

Segundo a empresa, parte do material, nomeadamente as máscaras de proteção respiratória, até pode ser utilizado no teatro de operações de algumas catástrofes, mas nunca no combate a incêndios.

O JN noticiou hoje que 70 mil golas antifumo fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização foram entregues pela Proteção Civil no âmbito do programa, que abrange quase duas mil aldeias.

De acordo com o jornal, as golas antifumo, fabricadas em poliéster, "não têm a eficácia que deveriam ter: evitar inalações de fumos através de um efeito de filtro".

Dois oficiais de segurança do distrito de Castelo Branco disseram ao JN que "a gola aquece muito" e "cheira a cola". Estes oficiais queixaram-se também do colete refletor, também feito em poliéster.

Ricardo Fernandes disse não estar autorizado a disponibilizar para consulta o caderno de encargos do concurso público, mas anotou que quem o deve fazer é a Autoridade Nacional da Proteção Civil.

A Proteção Civil esclareceu hoje, em comunicado, que os materiais distribuídos no âmbito dos programas "Aldeias Seguras" e "Pessoas Seguras" não são de combate a incêndios, nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas práticas.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) lembra que se trata da "primeira grande campanha nacional orientada para a autoproteção da população relativamente ao risco de incêndio rural, bem como à sensibilização para as boas práticas a adotar neste âmbito."

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