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"Seria demagogia absoluta dizer que não haverá novos grandes incêndios"

A resposta ao incêndio foi "dada". O momento agora é de solidariedade com quem foi atingido por estes incêndios.

"Seria demagogia absoluta dizer que não haverá novos grandes incêndios"
Notícias ao Minuto

15:48 - 23/07/19 por Pedro Filipe Pina

País Eduardo Cabrita

Após três dias de combate às chamas, a situação está controlada e em fase de rescaldo.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, deu conta disso mesmo ao início da tarde desta terça-feira, em Cardigos, no concelho de Mação, um dos mais afetados pelos incêndios dos últimos dias.

Após uma reunião com responsáveis da Proteção Civil, o governante respondeu a questões dos jornalistas antes de seguir para o terreno, para ver de perto as zonas afetadas.

Eduardo Cabrita aproveitou para "manifestar toda a solidariedade com as populações mais diretamente atingidas, nos concelhos da Sertã, Vila de Rei e Mação, por este incêndio que é o primeiro de grande dimensão que temos este ano", afirmou.

O ministro deixou ainda "uma palavra de grande reconhecimento pelo trabalho muito qualificado, muito profissional, que foi feito por todos os agentes de Proteção Civil, mais de um milhar de homens e mulheres que estiveram presentes neste teatro de operações", realçando ainda que "houve um cumprimento rigoroso daquelas que são as orientações estratégicas definidas no modelo de combate aos incêndios rurais: a prioridade absoluta à salvaguarda da vida humana".

Sobre a perspetiva de futuros incêndios, Eduardo Cabrita afirma que "seria demagogia absoluta dizer que não haverá novos grandes incêndios".

De resto, "as alterações climáticas, as características da nossa floresta, exigem uma resposta que está já a ser dada com os mecanismos de reforma da floresta", um "trabalho de fundo que já está a ser feito" e que implica "uma palavra decisiva sobre o modelo de ordenamento da floresta" por parte dos municípios.

"Tivemos nos últimos 10 anos uma média de 20 mil incêndios por ano, foi essa a média entre 2009 e 2018" este último um ano em que "conseguimos ter cerca de 12.500 incêndios florestais, quase metade  daquilo que se verificara" na década anterior. "É nesse trabalho que temos de prosseguir", realçou.

Eduardo Cabrita destacou ainda as "circunstâncias muito difíceis, em que cinco incêndios de dimensão significativa começaram quase à mesma hora, três deles ganharam grande dimensão, e o último foi este, que foi dominado ao fim de 70 horas" e onde ainda decorre trabalho de rescaldo.

Ainda assim, "a resposta está finalmente dada" no que ao combate das chamas diz respeito, o momento agora é de "solidariedade com as dificuldades das pessoas" atingidas por estes incêndios. 

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