Polícia encontrado com tiro na cabeça. Ficará com problemas neurológicos

Comissário da Polícia de Segurança Pública terá tentado tirar a própria vida, algo que está a ser investigado pela Polícia Judiciária. David Fernandes estaria a braços com uma depressão.

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Patrícia Martins Carvalho
16/07/2019 21:53 ‧ 16/07/2019 por Patrícia Martins Carvalho

País

PSP

O comissário David Fernandes foi encontrado, na manhã desta terça-feira, com um ferimento de bala na cabeça no interior do comando da PSP de Braga.

Fonte da PSP disse ao Notícias ao Minuto que a vítima foi transportada para o Hospital São João, no Porto, onde foi submetida a uma delicada intervenção cirúrgica estando, de momento, “estável”.

O Notícias ao Minuto apurou, entretanto, que o agente de 57 anos “perderá a visão num dos olhos” e que “ficará com problemas neurológicos”.

A Polícia Judiciária tem agora a investigação a seu cargo, mas tudo indica que se terá tratado de uma tentativa de suicídio o que, para o Sindicato dos Profissionais de Polícia, é “lamentável”.

“O comissário David Fernandes, pessoa de um trato humano e profissional excecional! Infelizmente a saga continua. Já não existem palavras para descrever a tristeza com que assistimos a situações destas. Afinal onde para o Comando da PSP? Que medidas toma o Ministério da Administração Interna e a Direção Nacional para terminar com este flagelo?”, escreve o sindicato na sua página oficial no Facebook.

Para Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato Unificado de Polícia, esta é uma “profissão de alto risco e o Estado nada faz para inverter estas situações”.

“Os suicídios na PSP são um tabu, ninguém quer discutir este grave problema”, considera em declarações ao Notícias ao Minuto, considerando “uma vergonha” o que atualmente se passa na instituição.

“Continua a desvalorizar-se os polícias com problemas psicológicos e psiquiátricos. Mesmo a Caixa Geral de Aposentações considera como aptos para trabalhar os elementos que apresentam estes problemas. É uma vergonha o que se está a passar: desde que os agentes tenham dois braços e duas pernas estão sempre aptos para trabalhar”, afirmou.

Recorde-se que desde o final do mês de junho houve dois elementos das forças de segurança que se suicidaram – um agente da PSP e um militar da GNR.

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