Médicos de família: Ministra assume que Governo ficará aquém do objetivo
Marta Temido comparou a atribuição de médicos de família a todos os portugueses a uma corrida em que os últimos quilómetros são os mais difíceis. A expetativa do Governo é de conseguir atingir 97% de cobertura de médico de família. "Não nos deixa satisfeitos", disse.
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País Marta Temido
A ministra da Saúde admitiu esta terça-feira que a meta de atribuição de médicos de família para todos os portugueses ficará esta legislatura aquém do objetivo, prevendo-se que a cobertura chegue aos 97%.
Marta Temido, que falava aos jornalistas na inauguração da 100ª. Unidade de Saúde Familiar, no Bombarral, comparou o objetivo de atribuir médico de família a todos os portugueses a uma corrida em que os últimos metros são os mais difíceis
“A questão do médico de família para todos os portugueses é uma meta que tem sido mais difícil de alcançar por várias ordens de razões. Em primeiro lugar, porque à medida que nos aproximamos do término de uma corrida, torna-se mais difícil cada quilómetro, cada metro que há por percorrer”, afirmou a governante em declarações aos jornalistas.
“E nós estamos claramente já no final desta corrida que é a atribuição de médicos de família a todos os portugueses”, prosseguiu.
A responsável pela pasta da Saúde referiu que há ainda 700 mil portugueses sem médico de família atribuído, o que significa um número “um pouco mais” alto do que era no final de 2018. Uma das razões que explicam esse número, lembrou, foi o movimento das aposentações.
“Estamos agora ainda a completar o concurso da colocação de 305 especialistas de medicina geral e familiar, que por estes meses de julho e agosto estão a ser colocados e a assinar contratos, e terão depois as listas de utentes atribuída”, frisou.
Com essa colocação, a expetativa do Governo é de conseguir atingir 97% de cobertura de médico de família esta legislatura, disse Marta Temido, em linha com o que já havia sido avançado por António Costa no debate do Estado da Nação na semana passada.
“É ainda aquém do que era o objetivo e que não nos deixa satisfeitos e que, sobretudo, não nos deixa desistir de continuar a trabalhar também naquilo que deve ser a atribuição da equipa de saúde familiar a todos os portugueses, não só de médico de família”, rematou.
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