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Coronel Hilário Peixeiro novo número dois da missão de treino europeia

O coronel português Hilário Peixeiro assumiu hoje o cargo de segundo comandante da força da Missão Europeia de Treino Militar - República Centro-Africana (EUMT-RCA), no dia em que Portugal passou o comando para a França.

Coronel Hilário Peixeiro novo número dois da missão de treino europeia
Notícias ao Minuto

15:17 - 08/07/19 por Lusa

País RCA

"O contingente que o general Maio comandou teve um desempenho visível e foi um muito bom contributo para estabilizar o país. Somos menos agora, mas estamos todos conscientes de que conseguimos", disse à Lusa Hilário Peixeiro.

O coronel português acredita no sucesso da missão, com um mandato de seis meses.

"Os nossos compatriotas fizeram um ótimo trabalho e nós vamos ajudar a nação agora líder, a França, a manter ou a aumentar o nível", frisou.

Na EUMT-RCA, Portugal tem 50 militares que terminam a sua missão e a maioria prepara-se para regressar terça-feira a Portugal, enquanto outros 15 militares estão a iniciar funções, com três militares brasileiros no grupo.

Dos militares na missão de treino da UE, 43 regressam na terça-feira a Portugal, incluindo o general Hermínio Maio, que em setembro vai assumir o cargo de Diretor Adjunto da Capacidade Militar de Planeamento e Condução da União Europeia - Military Planning Conduct Capability em inglês, em Bruxelas.

O general Hermínio Maio assumiu o comando da missão na RCA em janeiro de 2018. O comando será agora assumido pelo general francês Eric Peltier, após a cerimónia de transferência que decorreu em Bangui e que contou com a presença do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e da ministra das Forças Armadas da França, Florence Parly e do Presidente da República Centro Africana, Faustin-Archange Touadera.

Na cerimónia de transferência de comando, o general Hermínio Maio recebeu várias condecorações.

"Esta é uma missão de treino militar da União Europeia, que começou em setembro de 2016 e já foi renovado o mandato até 2020. A sua missão é reestruturar as Forças Armadas e a Defesa centro-africana, outra área é a educação, para reciclar os quadros do país, e ainda uma área de treino. Já treinamos 3.700 que integram cinco batalhões e destes, 1.200 estão já no terreno para estender a autoridade do Estado a todo o território", segundo dados fornecidos à Lusa em abril passado.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território. O resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

O acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo Governo da RCA e por 14 grupos armados. Um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA), cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde agora tem a 5.ª Força Nacional Destacada (FND) e está presente na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana (EUMT-RCA).

A 5.ª Força Nacional Destacada, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares do Exército, na sua maioria elementos dos Comandos (22 oficiais, 44 sargentos e 114 praças, das quais nove são mulheres), e três da Força Aérea.

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