"PPP na Saúde é como entregar a gestão das esquadras à Prosegur"
A líder do Bloco de Esquerda foi a convidada, desta segunda-feira à noite, do espaço de comentário semanal de Miguel Sousa Tavares na antena da TVI.
© Global Imagens
País Catarina Martins
A Lei de Bases da Saúde foi um dos temas abordados, esta noite, por Catarina Martins no ‘Jornal das 8’ da TVI.
A líder do Bloco de Esquerda voltou a frisar que é “importante uma nova lei de bases”, defendendo que o seu partido “aceitou negociar” com o Governo com base na proposta por ele apresentada e não com base na proposta bloquista e apontou aqueles que considera serem os pontos importantes nesta discussão: “O acesso universal à saúde, acabar com a promiscuidade entre o público e o privado (…) e acabar com as Parcerias Público-Privadas na gestão da saúde”.
Sobre este último ponto, Catarina Martins afirmou que “entregar a gestão de hospitais públicos ao setor privado é como se entregássemos a gestão das nossas esquadras à Prosegur ou a gestão das escolas aos colégios privados”.
Ainda a propósito deste tema, a coordenadora bloquista lembrou que “quando houve cortes nos hospitais no tempo da troika, as PPP não tiveram cortes” ao que Miguel Sousa Tavares retorquiu: “Porque estavam contratualizados”.
Ainda sobre a Saúde, mas mais especificamente sobre o fim das taxas moderadoras – questão que também mereceu um recuo por parte do Governo – Catarina Martins garantiu que as “35 horas não são culpadas por nenhum problema de saúde”, em resposta ao comentador da TVI que explicava que esta alteração no horário fez com que houvesse menos funcionários nos serviços públicos.
Para a líder do Bloco, o “problema da saúde é que se deixou sair pessoas e não se contratou”, mas também as “carreiras” existentes que “as pessoas não querem e, por isso, fogem para o privado” ou emigram como aconteceu, lembrou, com os enfermeiros.
A este propósito, Miguel Sousa Tavares afirmou que eliminar as taxas moderadoras vai fazer com que os tempos de espera aumentem e Catarina Martins respondeu: “O que o Miguel está a dizer é uma coisa muito perigosa que é ‘nós preferimos negar o acesso à saúde a quem não pode pagar as taxas moderadoras para não termos que enfrentar o problema de precisarmos de médicos e enfermeiros’”.
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