Detido burlão que usurpava identidades em Portugal e não só
Suspeito usurpava as identidades das vítimas, em nome das quais criava empresas de trabalho temporário.
© Getty Images
País Burlas
O suspeito de burlas e de usurpação de identidades, detido esta quinta-feira, atuava em Portugal, mas também em países como Espanha, França, Brasil e Argentina.
Mediante um comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP explica que a detenção do homem de 57 anos, suspeito de vários crimes contra o património, ocorreu na sequência do cumprimento de dois mandados de busca
A investigação apurou que o detido era suspeito da prática de vários crimes de furto e uso de documento alheio, falsificação de documentos e burla qualificada praticados nestes países.
De acordo com a PSP, o esquema das burlas consistia na usurpação da identidade das vítimas, em nome das quais criava empresas de trabalho temporário, geralmente ligadas ao ramo da construção civil, fazendo-se passar por engenheiro civil ou por arquiteto.
Em nome dessas mesmas empresas, passava os recibos e apresentava rendimentos do trabalho. No final do ano fiscal, as vítimas eram confrontadas com rendimentos muito superiores ao que realmente auferiam durante o ano, sobre os quais tinham de pagar IRS sobre o rendimento. E seria nesta fase em que constatavam que tinham, em seu nome, uma empresa de trabalho temporário que desconheciam.
Após diligências, a investigação apurou que o suspeito utilizou várias identidades que se vieram a confirmar usurpadas, tendo pendentes quatro mandados de detenção, um dos quais solicitava a sua detenção por se encontrar indiciado na prática de 10 crimes de falsificação/ contrafação de documentos e 11 crimes de burla qualificada.
Crimes esses que já tinham levado à sua detenção no Brasil através de um mandado de captura internacional, tendo fugido da prisão enquanto aguardava extradição para Portugal.
Das buscas realizadas, foi possível apreender computadores, telemóveis, cartões SIM e outros equipamentos e documentação, detalha ainda a polícia.
Presente no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para primeiro interrogatório, foi-lhe aplicada a medida de coacção mais gravosa de prisão preventiva.
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