Alcobaça quer implementar consultas ao domicílio em parceria com o SNS
A Câmara de Alcobaça vai propor ao Ministério da Saúde um projeto de consultas 'SOS' ao domicílio para idosos e pessoas com incapacidades, através da criação de equipas médicas pagas pelas autarquias e pelo Serviço Nacional de Saúde.
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País Alcobaça
A ideia do presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio (PSD), é "criar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) equipas constituídas por um médico e um enfermeiro que efetuem consultas ao domicílio", evitando que "idosos, pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida tenham que se deslocar aos centros de saúde".
O objetivo é "consultar essas franjas da população em 'SOS', mas também que a equipa trate da marcação de exames e faça o seguimento dos doentes, evitando que, pelas suas dificuldades, muitos deles não vão a consultas regulares e agravem as suas patologias", disse hoje o autarca do distrito de Leiria à agência Lusa.
Convicto de que o projeto, que denomina "SOS domicílio", trará "ganhos acrescidos, quer em termos económicos, quer da saúde das populações mais fragilizadas", a Câmara de Alcobaça está a preparar um dossier para entregar ao Ministério da Saúde, "propondo um sistema de responsabilidade partilhada, em que o SNS pagará 50% dos vencimentos das equipas e as autarquias outros 50%".
"Transmiti à ministra da Saúde [Marta Temido] que Alcobaça está disponível para ser o primeiro concelho do país a avançar com um projeto-piloto e a ideia foi bem acolhida", disse Paulo Inácio, acrescentando que a câmara vai agora "efetuar um levantamento das necessidades e estudar a forma de implementação no terreno".
A expectativa é arrancar, "numa primeira fase, com duas equipas, constituídas por um médico e um enfermeiro", para fazer a cobertura do concelho com mais de 50 mil habitantes espalhados por um território superior a 408 quilómetros quadrados.
Paulo Inácio admite que "as consultas domiciliárias terão que ser restritas a quem de facto precisa" e deverão ser condicionadas ao pagamento de uma taxa moderadora "que evite o recurso abusivo ou indevido ao trabalho da equipa", explicou.
A sugestão de criação do projeto, no âmbito do SNS, tinha sido apresentada por Paulo Inácio à ministra da Saúde, Marta Temido, na quarta-feira, durante a inauguração da Unidade de Saúde da Benedita, a que a governante presidiu.
A ministra considerou ser "uma ideia a estudar" e que poderá, eventualmente, "vir a fazer parte de um futuro programa de governo", afirmou durante o discurso inaugural da unidade de saúde.
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