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Câmara de Viseu ameaça enviar buldózeres para terreno da segurança social

O presidente da Câmara Municipal de Viseu ameaçou hoje enviar buldózeres para uma parcela de terreno da segurança social e deitar os muros abaixo, caso o Governo não faça a escritura até 15 de julho.

Câmara de Viseu ameaça enviar buldózeres para terreno da segurança social
Notícias ao Minuto

18:27 - 26/06/19 por Lusa

País Autarquia

"Vou hoje dar aqui um prazo ao Governo. Se até ao dia 15 de julho não for feita a escritura arranquem as buldózeres para o terreno e deitem o muro abaixo e entrem pelos terrenos da unidade de saúde familiar na parte que nós queremos comprar e que o Governo não nos deixa comprar. E o Governo depois que embargue a obra, se quiser", ameaçou António Almeida Henriques.

E acrescentou: "E vou passar a atuar assim para com o Governo. Enquanto o Governo não der uma prova de boa fé, vamos passar a fazer assim: não há uma resposta em dois meses e avançamos para a obra e depois que seja o Governo a embargar".

No decorrer da sessão ordinária da Assembleia Municipal de Viseu, o autarca explicava que, "à semelhança dos professores na sua reivindicação na contagem do tempo de serviço", também ele contou "dois anos, três meses e oito dias" desde a adjudicação da obra, a 26 de março de 2017, e o "prazo que já passou sem se poder fazer a escritura da tal parcelazinha de terreno que pertence à Segurança Social".

"Tem andado ali de bolandas em bolandas, do Tesouro para a Segurança Social, entrou a nova responsável da Segurança Social, estamos também à espera, aliás, quero aqui afirmar-vos solenemente: a minha paciência esgotou, porque acho que o Governo já faz isto de má fé", considerou.

Neste sentido, o autarca acusou os deputados do Partido Socialista de, "se calhar", estarem a interferir prejudicialmente na relação com o Governo.

A obra em causa é a requalificação do bairro de São José, na zona sul da freguesia de Viseu, no limite com a freguesia de Repeses, e que também vai permitir, lembrou o autarca, "a criação de uma rotunda de acesso ao centro de saúde, à unidade de saúde familiar, e vai permitir melhorar todo aquele acesso ao IPV [Instituto Politécnico de Viseu]".

"Para verem como é que o poder central pode bloquear algo que tem verbas determinadas, adjudicação, empresa escolhida e que está pendente, desculpem a expressão, de uma porcaria de uma pequena parcela de terreno que não presta para nada que não seja para alargar a rua e poder ter lá a rotunda para as coisas ficarem estruturadas", afirmou.

Em janeiro de 2017, o município de Viseu pôs em marcha um programa de requalificação de vários bairros residenciais da cidade, designado "Eu gosto do meu bairro" e que elegia oito bairros das freguesias de Viseu, Abraveses e Ranhados.

Bairros "carentes de intervenção prioritária, cujas obras deveriam ser executadas em dois anos, 2017-2018, com um investimento municipal que ascende os dois milhões de euros".

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