"A questão do Centro de Diálise [de Bendita] já foi resolvida", anunciou hoje Marta Temido, naquela localidade do distrito de Leiria, onde a abertura do equipamento era aguardada há cerca de um ano.
O Centro Médico de Diálise da Benedita foi construído pelo Grupo H Saúde, após ter identificado a necessidade de resposta na região onde os doentes são obrigados deslocar-se a Leiria, Santarém ou Gaeiras (no concelho de Óbidos) para realizar os tratamentos.
A obra está concluída há um ano, com as máquinas a trabalhar, mas, segundo um dos administradores, António Henriques, "sem poder tratar os doentes por falta de uma convenção com o Ministério da Saúde".
À margem da inauguração da nova unidade de saúde da Benedita, a que hoje presidiu, Marta Temido disse aos jornalistas que a convenção "foi aprovada", depois de, como determina a lei, ter sido "pedido um parecer à Entidade Reguladora de Saúde, para perceber qual era o modelo de contratação" a escolher.
Aprovada a convenção, a ministra disse hoje que a abertura do centro depende, agora, apenas "de questões administrativas" e que a data de abertura deverá ser definida pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
A abertura do centro era reclamada por um movimento cívico de "Apoio à Abertura da Hemodiálise da Benedita", que promoveu uma petição subscrita por mais de 7.700 pessoas e encetou ações de protesto, a última das quais através de uma carrinha estacionada à porta do Ministério da Saúde.
Marta Temido falava na Benedita, no concelho de Alcobaça, à margem da inauguração de uma nova Unidade de Saúde que vai alojar a Unidade de Saúde Familiar (USF) Santa Maria Benedita, com 14 profissionais que prestam serviço a 9.596 utentes inscritos.
A obra, que representa um investimento de 1,9 milhões de euros, é cofinanciada pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (7,5%), pela Câmara de Alcobaça (7,5%) e por fundos comunitários do Portugal 2020 (85%).