Queda que levou à morte de Ruben de Carvalho investigada pelo MP
O histórico dirigente comunista morreu, na semana passada, na sequência de uma queda que o deixou em coma.
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País Ministério Público
O Ministério Público está a investigar as circunstâncias que rodeiam a queda que Ruben de Carvalho deu no Hospital Santa Maria, em Lisboa, e que acabaria por levar à sua morte.
A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Observador, estando o Notícias ao Minuto a tentar confirmar a informação junto da Procuradoria-Geral da República.
Segundo o noticiado pelo jornal digital, Ruben de Carvalho deu entrada no Hospital Santa Maria devido a queixas na vesícula que levaram ao seu internamento.
E foi durante esse internamento que Ruben de Carvalho caiu e bateu com a cabeça, o que lhe provocou o estado de coma e consequente morte.
Segundo o Observador, o Ministério Público está agora a investigar se houve negligência por parte do hospital para com o histórico dirigente do PCP, não havendo, segundo a Procuradoria-Geral da República, nenhum arguido constituído até ao momento.
Em reação à morte de Ruben de Carvalho, na passada terça-feira, o Partido Comunista Português destacou a sua "vida de intervenção e luta na resistência antifascista e no movimento associativo estudantil", lembrando também a sua "intervenção destacada na atividade do PCP, tendo desempenhado importantes tarefas, cargos e responsabilidades".
"Ruben de Carvalho teve uma vida de intervenção e de luta na resistência antifascista, no movimento associativo estudantil, abraçou com intensidade a Revolução de Abril e defendeu os seus valores e conquistas", recorda o Comité Central, sublinhando que o dirigente comunista "deixou à sociedade portuguesa um contributo de grande relevo no conhecimento da música, na sua dimensão artística, cultural e social, no plano nacional e internacional, das suas raízes populares à sua dimensão erudita".
O histórico dirigente comunista morreu na terça-feira passada e o funeral realizou-se no domingo em Lisboa.
Ruben de Carvalho era o único membro do atual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas prisões da PIDE, a polícia política da ditadura finda em 25 de Abril de 1974.
Foi responsável na Câmara Municipal de Lisboa pelo Roteiro do Antifascismo e fazia parte da organização da Festa do Avante! desde o seu início, em 1976.
Jornalista de profissão, Ruben de Carvalho foi também chefe de redação do semanário "Avante!", órgão central do PCP, entre abril de 1974 e 1995, chefe de redação da revista "Vida Mundial" e redator coordenador do jornal "O Século".
Ruben de Carvalho manteve, na RDP1, o programa "Radicais Livres", onde debatia temas de atualidade com Jaime Nogueira Pinto.
O histórico comunista foi membro das "comissões juvenis de apoio" à candidatura do General Humberto Delgado, chefe de gabinete do Ministro Sem Pasta, Francisco Pereira de Moura, no I Governo Provisório após o 25 de Abril de 1974, deputado à Assembleia da República eleito pelo distrito de Setúbal e vereador nas câmaras municipais de Lisboa e Setúbal.
Ruben de Carvalho aderiu ao Partido Comunista Português em 1970. Foi funcionário do partido entre 1974 e 1997 e era membro do Comité Central desde 1979.
Tinha 74 anos e era o único membro no atual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas cadeias da PIDE durante o Estado Novo.
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