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Novo presidente do Funchal vai continuar projeto mas com o seu estilo

O novo presidente da Câmara do Funchal admite que não estava à espera de assumir o cargo tão cedo e assegurou que vai dar continuidade ao projeto da coligação Confiança, embora utilizando o seu "próprio estilo".

Novo presidente do Funchal vai continuar projeto mas com o seu estilo
Notícias ao Minuto

12:18 - 15/06/19 por Lusa

Política Miguel Silva Gouveia

O independente Miguel Silva Gouveia é o engenheiro eletrotécnico que substituiu, no início de junho, o professor Paulo Cafôfo na presidência do principal município da Madeira.

Paulo Cafôfo renunciou ao cargo para se dedicar a tempo inteiro à candidatura, pela lista do PS, à presidência do Governo Regional nas eleições legislativas regionais marcadas para 22 de setembro.

"Se me perguntassem há dois ou três anos se me via agora neste cargo, não, a realidade é que não via", disse o novo chefe do município do Funchal numa entrevista à agência Lusa.

Miguel Silva Gouveia apontou que o município do Funchal é governado por uma coligação composta por quatro partidos (PS, BE, PDR e Nós, Cidadãos!) e pretende dar "continuidade" ao projeto sufragado pelos munícipes do concelho.

O novo responsável da autarquia argumenta que, sendo vice-presidente desde outubro de 2017, já vinha "paulatinamente a assumir as funções nas omissões e ausências do presidente, assumindo as funções da presidência".

"Quando foi tornado público que o Paulo [Cafôfo] estaria a preparar uma candidatura ao Governo Regional, obviamente que teria eu próprio que me preparar para ficar à frente dos destinos da Câmara", argumentou.

Adiantando que Paulo Cafôfo "assumiu desde o inicio que não suspenderia as suas funções para o embate politico nas regionais, mas iria sim renunciar" mesmo ao mandato, elogiou a "coragem" que teve em "abraçar por completo, a tempo inteiro, um projeto de alternativa, de mudança para a região".

"Na realidade não há duas pessoas iguais", sublinhou, salientando que "Paulo Cafôfo é uma pessoa carismática" e não tem "o pretensiosismo de querer copiar-lhe" a forma de exercer o cargo de presidente do município, porque tem o seu próprio estilo.

Miguel Silva Gouveia reforça que vai "manter o projeto, as linhas orientadoras e o rumo que foi traçado em 2017" para a Câmara do Funchal, sustentando que "o cunho pessoal e o estilo de cada um será obviamente um fator que as pessoas identificarão como uma diferença".

"Paulo Cafofo sempre me referiu que ia sair da Câmara após as eleições europeias, no mês de junho", admitiu, rejeitando a ideia de que o resultado deste ato eleitoral, no qual o PSD foi o partido mais votado nas 10 freguesias do concelho, tenha antecipado a sua decisão deste renunciar ao cargo.

"A realidade é que a coligação foi a força mais votada no concelho do Funchal", vincou.

O novo presidente do município mencionou que o resultado das últimas eleições europeias tem que ser analisado "à luz de dois fatores", quando comparado com o ato eleitoral há cinco anos, apontando que, nessa altura, "havia um PSD partido" que contribuiu para aumentar a abstenção e "agora está reunificado em torno de um projeto de tentar prolongar o poder que já há 43 anos mantém na Madeira".

"No entanto, não me parece que isso possa ser transportado tacitamente para as eleições regionais" porque os eleitores sabem em que estão a votar, afirmou.

Sobre as expectativas para os próximo tempos da sua governação, Miguel Silva Gouveia opinou que, "em termos públicos, os temas relacionados com a Câmara do Funchal, pelo menos até outubro, irão ser relegados para segundo plano", passando os assuntos "regionais e nacionais a ter mais relevo".

"Julgo que isso permitir-nos-á uma maior tranquilidade na gestão até outubro", sublinhou.

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