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10 de Junho: Cabo-verdianos e portugueses "gostam uns dos outros"

O presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, afirmou hoje que, apesar de terem estado de costas viradas no passado, cabo-verdianos e portugueses "gostam uns dos outros" e isso "é talvez o mais importante".

10 de Junho: Cabo-verdianos e portugueses "gostam uns dos outros"
Notícias ao Minuto

23:51 - 11/06/19 por Lusa

País Jorge Carlos Fonseca

Jorge Carlos Fonseca falava na cerimónia oficial do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorre no Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, depois de realizada na segunda-feira na cidade da Praia, ilha de Santiago.

Referindo-se às feridas que o passado colonial deixou, o chefe de Estado cabo-verdiano disse que os traumas não são o sentimento dominante e que, na sua opinião, "os portugueses e os cabo-verdianos gostam uns dos outros e isso é importante, é talvez o mais importante".

Jorge Carlos Fonseca ilustrou essa relação com um episódio ocorrido hoje durante uma visita que realizou, na companhia do chefe de Estado português, ao centro de estágio da Federação Cabo-Verdiana de Futebol, no Mindelo.

Quando assistia a uma partida de futebol, o chefe de Estado cabo-verdiano foi chamado por um espetador que lhe pediu uma intervenção no sentido de a seleção portuguesa de futebol jogar em Cabo Verde.

Jorge Carlos Fonseca aproveitou a presença do vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Humberto Coelho, a quem o popular terá dito: "Aqui em Cabo Verde já sofremos muito pela vossa seleção".

Esta paixão pelo futebol português expressa por um cabo-verdiano demonstra que "a vida de um cidadão normal não é feita apenas de racionalidade, de verdades objetivas", adiantou o chefe de Estado cabo-verdiano.

"É inquestionável que vivemos de costas viradas no passado. Os cabo-verdianos ainda hoje têm muitas dificuldades em Portugal", disse, acrescentando: "Quando os cabo-verdianos exigem mais direitos, mais acesso à saúde, à habitação, ao crédito, o que dizem é que os discursos de igualdade têm de traduzir-se em atos".

Dirigindo-se aos portugueses em Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca afirmou para continuarem a ser felizes no arquipélago.

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