Em declarações à margem da inauguração do CLAIM da Universidade de Aveiro, o centésimo no país e o primeiro a abrir portas numa Universidade, Pedro Calado disse que em 2018 a rede de centros locais registou cerca de 102 mil atendimentos.
"Os centros locais e nacionais sentiram com a chegada da Troika um decréscimo dos atendimentos, mas estamos agora ao nível dos melhores anos de atendimentos na rede de centros locais e isso para nós é um sinal de esperança e de expectativa que Portugal retome a sua trajetória enquanto destino migratório", disse.
Os Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes já têm 16 anos de implementação, estando atualmente dispersos por todo o país.
"Neste momento, estamos presentes em todos os grandes municípios das imigrações, mas também em territórios de baixa densidade, onde a imigração acaba por ter um peso relativo importante, muitas vezes ligados ao trabalho agrícola", disse o Alto-comissário para as Migrações.
Os CLAIM são uma espécie de "balcão único" que procuram dar respostas aos vários problemas dos estrangeiros seja eles imigrantes, refugiados, ou até cidadãos da União Europeia que esteja em mobilidade no país.
"O que tentamos é garantir a resposta a todas as dimensões da sua integração: a saúde, educação, habitação, Segurança Social ou a regularização por conta do trabalho com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras", explicou Pedro Calado.
Com a abertura do centro da Universidade de Aveiro, o Alto-comissário diz que já cumpriram a meta de chegar aos 100 centros, acrescentando que esta rede vai continuar a aumentar.
"Temos vários pedidos em carteira de vários municípios e alguns para universidades. Cremos que este exemplo vai inspirar outros a criar centros como este", disse o mesmo responsável.
O CLAIM da UA foi inaugurado hoje com a presença da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, e da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro.
