Polícias obrigados a pagar para dormirem em camaratas da PSP

A denúncia está a ser feita por vários agentes da PSP. A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública ainda não se pronunciou.

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Patrícia Martins Carvalho
06/06/2019 14:03 ‧ 06/06/2019 por Patrícia Martins Carvalho

País

Liga das Nações

Os agentes da PSP que foram destacados para reforçar o efetivo policial da cidade de Guimarães, a propósito dos jogos referentes à competição futebolística Liga das Nações, estão a ser obrigados a pagar cinco euros por noite para poderem dormir nas camaratas policiais.

Ao que o Notícias ao Minuto apurou, há elementos do Corpo de Intervenção que "estão alojados no regimento de cavalaria em Braga, a pagar cinco euros do bolso deles".

Outros "pagam 7,5 euros para dormirem num quartel do Exército".

O presidente do Sindicato Unificado de Polícia, Peixoto Rodrigues, confirmou a situação, lamentando que seja uma "prática recorrente" que os agentes tenham que "pagar para trabalhar".

Face a esta situação, Peixoto Rodrigues pede responsabilidades à Direção Nacional (DN) da PSP pois "os polícias são tratados como mão-de-obra barata com total responsabilidade política".

O Notícias ao Minuto confrontou a Direção Nacional da PSP que informou que os "polícias destacados de outros comandos para Guimarães estão todos a receber ajudas de custo a 100%. Este custo de 5 euros está instituído em todas as camaratas policiais e servem para assegurar os custos de manutenção"

.A "alternativa", refere a DN, seria "receberem 50% de ajudas custo e não pagarem os 5 euros, que seria bastante mais prejudicial para os polícias". 

Ainda segundo o SUP, a compensação monetária que os agentes destacados recebem é de "39 euros", um valor, sublinha, que "só vão receber daqui a dois ou três meses e entretanto já tiveram que pagar alimentação e alojamento".

Quem partilha da opinião de Peixoto Rodrigues é a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) que alertou para o facto de este reforço policial impedir os agentes de gozar férias e de faltar ao serviço, mesmo que de forma justificada.

Há dois dias, o intendente Alexandre Coimbra, da Direção Nacional da PSP, fez saber que foram afetados 9 mil agentes para a Liga das Nações, cujos jogos se realizarão até domingo no Porto e em Guimarães.

 

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