Prioridade é "proteger a Serra de Sintra". Basílio responde aos Tuk Tuk
Devido ao prolongamento do estado de alerta nacional, a Câmara Municipal de Sintra determinou a interdição do trânsito nas vias municipais que integram o perímetro da Serra de Sintra. Uma medida que não agradou aos Tuk Tuk e os ânimos exaltaram-se.
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País Calor
O presidente da Câmara Municipal de Sintra determinou a interdição do trânsito nas vias municipais que integram o perímetro da Serra de Sintra, desde as 00h00 do dia 31 de maio e até às 23h59 do dia 2 de junho. O anúncio foi feito esta quinta-feira e tinha como explicação as altas temperaturas previstas para este fim de semana e o risco elevado de incêndio, que levaram a Proteção Civil a ativar o Alerta Laranja para o Distrito de Lisboa.
Na sequência desta decisão, saíram hoje à rua vários operadores de Tuk Tuk que estão a mostrar nas ruas a sua indignação contra a medida. Há momentos, e durante uma declaração do autarca Basílio Horta na antena da SIC, assistiram-se a momentos de tensão entre o governante e os operadores turísticos.
O presidente da Câmara confessou compreender a situação dos profissionais, mas avisou que os interesses da serra de Sintra estão em primeiro lugar.
"Percebo que os interesses particulares dos tuk tuk estão a ser prejudicados, mas entre isso e os interesses do GIPS e a proteção da Serra, é óbvio que temos que optar pela proteção da serra", justificou.
Basílio Horta sustentou ainda que face "ao alerta laranja, às temperaturas altíssimas e ao risco elevadíssimo de incêndio", considerou que se se mantivesse o "trânsito normal podíamos ter uma situação em que carros de bombeiros não chegavam à serra".
"Temos que prevenir antes de remediar. Sabemos bem o que tem acontecido no país", afirmou, lembrando que "ainda há três semana houve um incêndio na serra que só foi resolvido porque pudemos lá ir numa hora".
O autarca admitiu o direito à manifestação mas voltou a reforçar que é preciso proteger as pessoas e o património, que é do "concelho, do país e da humanidade".
Confrontado com a questão de que os Tuk Tuk não têm autorização para aceder à serra, mas que estaria a ser dado esse acesso a autocarros turísticos, Basílio Horta negou-o veemente, explicando que "só os particulares e os autocarros públicos têm autorização para passar".
"Há momentos na vida em que temos de fazer isto para que depois não entrem em serras destruídas, com casas destruídas e pessoas mortas", atirou, acusando os que se manifestam de estarem a ser "egoístas" por não perceberem que também os seus interesses estão a ser protegidos
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