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Forças Armadas testam comunicações em exercício de Proteção Civil

As Forças Armadas encontraram no exercício europeu de proteção civil 'CASCADE'19' "uma janela de oportunidades" para testar as comunicações através de satélite e um sistema geoespacial que antecipa cenários de acidentes graves e catástrofe.

Forças Armadas testam comunicações em exercício de Proteção Civil
Notícias ao Minuto

18:06 - 30/05/19 por Lusa

País sistema geoespacial

O 'CASCADE'19', que se realiza nos distritos de Lisboa, Aveiro, Setúbal e Évora desde terça-feira e termina no sábado, é o maior exercício de proteção civil realizado em Portugal e conta com a participação de cerca de 150 operacionais de Espanha, Bélgica, Alemanha, Croácia e França, além de mais 20 entidades portuguesas.

As Forças Armadas estão presentes no exercício com 230 militares e 72 viaturas do Exército, Marinha e Força Aérea.

Em Sintra, onde funciona o posto de comando nacional do exercício, o comandante da Força de Reação Imediata (FRI) das Forças Armadas, coronel Sobreira, contou aos jornalistas que o exercício é "uma janela de oportunidades" para demonstrar uma das missões desta força no âmbito de catástrofe e acidente grave.

"Estamos a testar a articulação entre a Força de Reação Imediata e os meios que temos à disposição para dar resposta aquilo que for solicitado pela Proteção Civil", disse.

No exercício, a FRI está a testar vários sistemas que podem ser colocados à disposição da Proteção Civil, como comunicações táticas e de satélite, bem como "uma célula geoespacial", que, segundo o comandante da força, permite antecipar cenários para depois saber como se vai atuar.

"Estamos a ver um cenário que é um sismo, houve um alerta de tsunami, e nós perguntamos à nossa célula para simular o que vai acontecer em Lisboa. Temos isso em simulação, está disponível para a Proteção Civil, mas também para as Forças Armadas. Ficamos a saber que estradas e pontes ficam inoperacionais, para saber o que é preciso fazer em caso de necessidade", disse.

No caso das intempéries, como o que está a ser testado no distrito de Aveiro, está a ser simulado quais as barragens que têm de fazer descargas e quais as populações que podem ficar inundadas, as pontes e estradas inutilizadas.

"É este o cenário com que estamos a trabalhar", disse.

Mais de 3.600 operacionais, 150 dos quais de cinco países europeus, e 2.200 figurantes participam neste exercício, que é organizado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com a colaboração da Direção-Geral da Autoridade Marítima e cofinanciado em 80% pela União Europeia.

Com um custo de 1,3 milhões de euros, o exercício envolve 22 municípios com 60 cenários diferentes para testar a capacidade das respostas local, nacional e internacional.

Em causa está um ciclone que afeta as zonas costeiras da região de Aveiro e um sismo de grande dimensão nos distritos de Lisboa, Setúbal e Évora.

O 'CASCADE'19' visa treinar a resposta internacional na sequência do acionamento do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia e, simultaneamente, a resposta interna a emergências de elevada complexidade.

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