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Bombeiros de Lourosa elegeram nova direção para os próximos três anos

Os sócios dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, no concelho de Santa Maria da Feira, elegeram hoje nova direção, escolhendo para presidir à associação humanitária Manuel Oliveira Almeida, que quer uma corporação "mais aberta à comunidade".

Bombeiros de Lourosa elegeram nova direção para os próximos três anos
Notícias ao Minuto

18:27 - 25/05/19 por Lusa

País Corporação

Este responsável, advogado, já tinha assumido, desde o dia 17, a direção provisória da casa e oficializou depois a sua candidatura às eleições internas desta tarde, que, disputadas por lista única, foram participadas por 109 dos 1.412 associados da instituição. Desses, 106 votaram na lista vencedora, sendo que se registaram dois votos em branco e um nulo.

A nova equipa para o triénio 2019/2021 integra um total de 20 elementos, mas, entre esses, a maior responsabilidade recai sobre Manuel Oliveira Almeida, na presidência da direção, e também sobre dois outros eleitos: Valdemar Oliveira Mota, que vai chefiar a Mesa da Assembleia-Geral, e Vítor Prata Oliveira, que fica na liderança do Conselho Fiscal.

As eleições de hoje dão por terminada a crise interna que se verificava nos Bombeiros de Lourosa, distrito de Aveiro, desde meados de março, quando 52 operacionais em regime de voluntariado suspenderam a sua atividade declarando que só regressariam ao trabalho após o afastamento dos então dirigentes, acusados pelo corpo ativo de má gestão.

Após uma manifestação popular em que cerca de 150 pessoas expressaram na rua a mesma reivindicação, os órgãos sociais da casa renunciaram aos cargos a 30 de abril e os 52 bombeiros com atividade suspensa regressaram ao trabalho no dia 17, depois de verem garantido que a comissão de gestão provisória não era confiada aos dirigentes anteriores.

Em declarações à Lusa, o novo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lourosa garante que a direção vai, no entanto, "funcionar em bloco".

Antecipando que os primeiros tempos de exercício serão para "fazer um diagnóstico das necessidades da corporação e definir uma estratégia para o seu futuro", Manuel Oliveira Almeida explica: "O que a nossa equipa tem em comum é o empenho em servir esta causa tão nobre e a vontade de facilitar o trabalho dos bombeiros, atuando para isso em conjunto, de forma coesa, com o contributo de todos".

Independentemente do plano de ação a submeter mais tarde à apreciação dos sócios, depois de avaliada a situação global, uma ideia está já definida: o presidente quer "abrir um pouco mais a instituição às pessoas, pelo menos uma vez por ano".

"Há objetivos que são atingidos com relativa facilidade, mas, se queremos ir mais longe, temos que contar com a adesão e o envolvimento de mais gente, o que nos ajudará a atingir resultados mais positivos", defende Manuel Oliveira Almeida.

Amaro Fontes, porta-voz dos 52 bombeiros que discordavam da anterior direção, mostrou-se hoje satisfeito com o fim do conflito interno: "Não conhecemos bem a nova direção, mas já esteve connosco para se inteirar do estado do quartel e das situações que preocupam o corpo ativo, e percebemos que vem com boa-fé e muita vontade de trabalhar".

Fernando Oliveira, que desde março assume o comando interino da corporação, também está otimista por notar que "a nova direção é dinâmica e vem com vontade de fazer mudanças", mas reconhece que essa equipa terá que lidar com "uma herança pesada, relacionada com obras a realizar no quartel e viaturas por reparar".

Admitindo que "os últimos dois meses foram difíceis porque o pessoal operacional estava quase todo fora de serviço", esse líder interino espera agora que "a nova direção nomeie rapidamente o comando efetivo e convide para essas funções as pessoas que as vinham assumindo antes de toda esta crise, porque essa equipa era do agrado dos bombeiros e tinha a confiança de todos".

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