PJ faz buscas no Hospital de Cascais por falseamento de resultados

A PJ esteve na sede no Grupo Lusíadas Saúde a fazer buscas, como dá conta a SIC Notícias. Em causa estão denúncias de falseamento de resultados clínicos, alegadamente para aumentar o financiamento da parceria público-privada.

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Filipa Matias Pereira
20/05/2019 18:50 ‧ 20/05/2019 por Filipa Matias Pereira

País

Grupo Lusíadas Saúde

A Polícia Judiciária esteve esta segunda-feira na sede do Grupo Lusíadas Saúde a fazer buscas. Em 'cima da mesa' estão denúncias de falseamento de resultados clínicos, alegadamente para aumentar o financiamento da parceria público-privada, como dá conta a SIC Notícias. 

Recorde-se que o Ministério Público (MP) determinou a abertura de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Sintra. 

Esta ação do MP surge na sequência de uma reportagem emitida pela SIC em que atuais e antigos funcionários denunciam casos de falseamento de dados em ficheiros de doentes e alterações no sistema da triagem na urgência para aumentar as receitas que são pagas à parceria público-privada.

Na terça-feira também o Ministério da Saúde tinha determinado à Administração Regional de Saúde a abertura de um processo de inspeção para esclarecer as denúncias envolvendo o Hospital de Cascais.

"Face às denúncias relatadas na reportagem da SIC, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Francisco Ramos, determinou à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo a abertura de um processo de inspeção de forma ao cabal esclarecimento destas matérias", segundo uma resposta do Ministério enviada à agência Lusa.

Relatos de antigos e atuais funcionários recolhidos no âmbito da reportagem denunciam que eram impelidos a aligeirar sintomas ou o caso do doente, de forma a que os algoritmos da triagem de Manchester dessem uma cor de pulseira verde em vez de amarela, por exemplo, para que os tempos máximos de espera não fossem ultrapassados.

O incumprimento dos tempos de espera faz o hospital incorrer em penalizações financeiras.

A SIC, que também ouviu doentes tratados na instituição, dava ainda conta de suspeitas de acrescento de informação clínica nas fichas dos doentes alegadamente para aumentar a severidade e as comorbilidades dos utentes.

Isto serviria para influenciar o financiamento que o hospital recebe, que é calculado através do "case-mix", um índice de ponderação da produção de um hospital que reflete a maior ou menor complexidade das situações.

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