"Encontrei a minha filha deitada no chão. Chamou por mim e morreu"
Acidente trágico ocorreu na madrugada do último domingo. Um adolescente de 13 anos ficou ferido com gravidade.
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País Acidente
Uma menina de 10 anos morreu, na madrugada do último domingo, na sequência de um acidente rodoviário em Manique, no concelho de Cascais.
De acordo com a GNR, tratou-se de uma colisão entre dois veículos ligeiros, sendo que um deles era conduzido pela mãe da menina que viajava no porta-bagagens e que foi a única vítima mortal do acidente.
Em declarações ao ‘Programa da Cristina’, o pai da pequena Mariana contou que a mulher lhe ligou a pedir ajuda na sequência do acidente. Por morar perto do local da tragédia, Alexandre Santos chegou rapidamente e ainda a tempo de ver a filha dar o último suspiro.
“Encontrei a minha filha deitada no chão. Chamou por mim e faleceu”, recordou o pai, acrescentando que depressa se juntaram várias pessoas no local que queriam “fazer justiça pelas próprias mãos”.
O acidente ocorreu na madrugada de domingo, o que levou a que se noticiasse que a mãe e a menor regressavam a casa depois dos festejos da conquista do campeonato pelo Benfica, mas Alexandre negou essa versão dos factos.
A mulher e a filha mais velha haviam saído com “amigos” como num qualquer outro dia normal. Mas ao regressar a casa, a companheira quis dar boleia aos amigos. Assim, na viatura viajam seis pessoas: três adultos, dois adolescentes e uma criança, sendo que a menina, Mariana, e um adolescente de 13 anos encontravam-se no interior do porta-bagagens.
Ao entrar numa faixa em que era proibida a circulação a viaturas ligeiras, o carro conduzido pela mãe da criança foi abalroado por uma viatura. Mariana morreu e o amigo que seguia com ela na bagageira ficou em estado grave.
Alguns jornais garantem que a mãe conduzia com uma taxa de álcool no sangue superior ao permitido, mas o Notícias ao Minuto ainda não conseguiu confirmar essa informação.
Alexandre Santos, visivelmente perturbado com o sucedido, não negou a responsabilidade da mulher. “A minha esposa cometeu um erro, mas acha que precisa que lhe apontem o dedo?”, afirmou em jeito de questão, sublinhando que “todos cometemos erros”.
“Perdemos a nossa vida. Como é que eu digo aos irmãos que a irmã mais velha não vai regressar? Não sei como se carrega um fardo destes. A minha esposa vai carregar esta culpa até ao fim da vida dela. A filha veio de dentro dela. A culpa é dela, sempre será, fosse ou não fosse [nestas circunstâncias]”, lamentou Alexandre com a voz embargada pelas lágrimas.
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