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Estudada parceria para formação de agentes desportivos em Moçambique

A Cruz Vermelha Portuguesa e o Comité Olímpico Português admitiram hoje a possibilidade de virem a estabelecer uma parceria futura na área da formação de agentes desportivos em Moçambique, nomeadamente na zona afetada pelos ciclones.

Estudada parceria para formação de agentes desportivos em Moçambique
Notícias ao Minuto

15:23 - 10/05/19 por Lusa

País Ciclone Idai

"Nós já temos uma parceria e estamos a desenvolver iniciativas com o Comité Olímpico de Moçambique e estamos agora a estudar possibilidades de virmos a ter uma parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa para a formação de agentes desportivos" nas zonas afetadas pelos ciclones, disse em declarações à Lusa o presidente do Comité Olímpico Português (COP), José Manuel Constantino.

"Sem dúvida", foi a resposta dada pelo Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), Francisco George, quando questionado pela Lusa sobre a possibilidade de a cooperação entre as duas entidades para a entrega de donativos desportivos em Moçambique, concretizada hoje, poder ser apenas o primeiro passo para uma parceria futura na área da formação desportiva.

Os dois responsáveis falaram à margem do evento que ocorreu hoje nos armazéns da CVP, no Prior Velho, em Lisboa, e que assinalou a entrega de centenas de equipamentos desportivos, recolhidos por várias organizações desportivas à Cruz Vermelha, para que esta os possa fazer chegar a Moçambique.

O Comité Olímpico de Portugal (COP) e o Panathlon Clube de Lisboa associaram-se para a recolha de equipamentos desportivos para serem doados a Moçambique, no âmbito da ação solidária com as organizações desportivas da Beira, devastadas pela passagem do ciclone Idai.

A entrega dos bens foi feita hoje no armazém da CVP, no Prior Velho, em Lisboa, num ato simbólico que contou com a presença do presidente do COP, José Manuel Constantino, do presidente do Panathlon, Manuel Brito, e do presidente da CVP, Francisco George, bem como dos demais representantes das Federações Desportivas.

A ação, denominada "Desporto Solidário", envolveu várias Federações Desportivas, que responderam afirmativamente ao repto lançado pelo COP e pelo Panathlon. Andebol, atletismo, basquetebol, futebol, ginástica, patinagem, ténis de mesa e voleibol fizeram chegar os seus contributos, que serão agora encaminhados pela Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) para Moçambique.

A GEFCO Portugal colaborou no transporte dos materiais.

"Os donativos vão ser distribuídos pelas associações desportivas de Moçambique e a sua distribuição será controlada pelos chefes permanentes da missão da Cruz Vermelha Portuguesa na cidade da Beira", explicou Francisco George.

Francisco George não quantificou as toneladas de equipamentos recolhidos pelas organizações desportivas, mas assegurou que "são muitas centenas de materiais desportivos, incluindo bolas, de jogar futebol.

"São paletes que vão ser agora enviadas para a cidade da Beira e que são seguramente muito importantes, não só no plano psicossocial, mas também para continuar a promoção do exercício físico que é tão importante em termos de saúde", afirmou.

Ainda sobre a possível parceria com o Comité Olímpico Português para a formação desportiva em Moçambique, Francisco George disse que a Cruz Vermelha tem "a confiança das autoridades locais, nomeadamente das da província de Sofala, na qual se insere a cidade da Beira, e do Governo de Moçambique", mas lembrou que a operação de ajuda a Moçambique a que se chamou "Embondeiro" tem o patrocínio do Presidente da República.

Porém, também considerou que, "naturalmente", Marcelo Rebelo de Sousa, em contacto com o seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, irá assegurar que esta cooperação portuguesa, que tem tido o foco sobretudo na área da mãe e da criança, seja "para continuar em termos de consolidação, para que não se esvazie a bola de jogar".

Para isto, podem contribuir "todas as cidadãs e cidadãos portugueses e todas as organizações da sociedade civil, que é a faixa entre a população e o governo" e são bem-vindas para participarem nesta operação "Embondeiro", que visa apoiar "de uma forma robusta, consolidada, para ficar. Para a bandeira portuguesa também ficar associada a esta ajuda".

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