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Tribunal julga homem suspeito de homicídio qualificado em Porto de Mós

O Tribunal de Leiria está a julgar um homem acusado de homicídio qualificado, pela morte da companheira, em abril de 2018, na freguesia do Juncal, em Porto de Mós, no distrito de Leiria.

Tribunal julga homem suspeito de homicídio qualificado em Porto de Mós
Notícias ao Minuto

09:50 - 10/05/19 por Lusa

País Leiria

De acordo com o despacho de acusação a que a agência Lusa teve hoje acesso, o arguido, de 59 anos, motorista de profissão, "formulou" um plano para "matar" a mulher com quem vivia maritalmente.

No dia 18 de abril de 2018, o suspeito pediu à ex-mulher que lhe emprestasse um veículo de mercadorias, "dizendo-lhe que precisava do mesmo para fazer mudanças", pese embora não o tenha efetuado, "nem tivesse intenção de o fazer".

Depois de uma troca de automóveis, o suspeito "trocou de roupa e, após, sempre constante no propósito de matar a ofendida, dirigiu-se à residência de ambos".

"Ainda na execução do plano previamente traçado, entrou na sua residência, retirou um televisor LCD que se encontrava na sala e colocou-o na parte de carga da carrinha. Depois, entrou novamente em casa, tendo nessa altura chegado a ofendida. Surpreendida com a presença do arguido, perguntou-lhe porque é que ele estava em casa àquela hora, ao que o arguido lhe disse que não se sentia bem e por isso tinha ido a casa almoçar", lê-se no despacho de acusação.

A mulher dirigiu-se à cozinha para preparar o almoço e sentou-se à mesa para almoçar. "O arguido colocou umas luvas de borracha e agarrou numa faca de cozinha com cerca de 25 cm de comprimento. Encontrando-se a ofendida de costas, abeirou-se daquela por trás" e degolou-a.

A mulher virou-se e acabou por ser esfaqueada em várias partes do corpo. "A ofendida tentou defender-se, pondo os braços para a frente e fugindo pela cozinha", mas o arguido perseguiu-a, agredindo-a com "vários golpes".

Com a mulher no chão, o suspeito abriu várias gavetas e armários, de modo a fazer crer que tinha ocorrido um assalto.

Depois de se ter livrado da roupa suja de sangue, faca e luvas, voltou mais tarde a casa. Depois de ter entrado, dirigiu-se para a rua e começou a gritar a pedir socorro, "afirmando aos que, nessa sequência, acorreram ao local, que se tinha acabado de deparar com a ofendida no chão da residência, não sabendo o que se tinha passado, mas assinalando a falta do televisor, de um fio em ouro e de uma pulseira em ouro, de modo a que pensassem ter-se tratado de uma assalto".

"Agiu ainda o arguido de forma calculada, preparando a execução do crime com calma e reflexão, revelando insensibilidade, indiferença e persistência na execução", considera o despacho do MP.

A próxima sessão do julgamento está agendada para o dia 04 de junho.

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