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Rosa Grilo e alegado amante 'encontram-se' no banco dos réus em setembro

O início do julgamento de Rosa Grilo e António Joaquim já tem data. Ambos estão acusados pelo Ministério Público da coautoria do homicídio do triatleta Luís Grilo, marido da arguida.

Rosa Grilo e alegado amante 'encontram-se' no banco dos réus em setembro
Notícias ao Minuto

20:22 - 06/05/19 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Julgamento

Depois de no passado mês de abril, as defesas de Rosa Grilo e António Joaquim terem prescindido da fase de instrução, o processo seguiu diretamente para julgamento. E, esta segunda-feira, soube-se que terá início no dia 10 de setembro no Tribunal de Loures.

De acordo com o jornal Correio da Manhã, que avança com a informação, as sessões estender-se-ão depois por outras quatro datas, "sendo que a última até então agendada está marcada para o dia 1 de outubro".

Rosa Grilo e o alegado amante, António Joaquim, estão acusados, em coautoria, dos crimes de homicídio qualificado agravado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida, e encontram-se em prisão preventiva desde 29 de setembro do ano passado.

Na acusação, o Ministério Público (MP) pede que os arguidos sejam julgados por um tribunal de júri (além de três juízes, são escolhidos/nomeados quatro cidadãos) e defende que seja aplicada a Rosa Grilo a pena acessória da declaração de indignidade sucessória (sem direito a herança) e a António Joaquim (oficial de justiça) a pena acessória de suspensão de exercício de funções públicas.

O MP atribui a António Joaquim a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa), para assim poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima - 500.000 euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.

O despacho de acusação do MP, divulgado pela Lusa em 26 de março, conta que em 15 de julho de 2018, os dois arguidos, de 43 anos, após trocarem 22 mensagens escritas em três minutos, "combinando os últimos detalhes relativo ao plano por ambos delineado para tirar a vida de Luís Grilo", acordaram desligar os respetivos telemóveis.

Numa hora não apurada, mas entre essa noite e a manhã do dia seguinte, "em execução do plano comum que já haviam acordado há, pelo menos, sete semanas", António Joaquim, na posse de uma arma de fogo municiada, dirigiu-se à habitação onde residiam Luís Grilo e Rosa Grilo, na localidade das Cachoeiras.

A acusação relata que o arguido entrou na residência "com o conhecimento" da arguida e que ambos se dirigiram ao quarto dos hóspedes, localizado no primeiro andar, onde se encontrava Luís Grilo a dormir.

No dia após a morte do triatleta, António Joaquim começou a frequentar a casa de Rosa Grilo, "não obstante estarem em curso diligências tendentes à localização do paradeiro de Luís Grilo por familiares, amigos e autoridades policiais", segundo a acusação.

O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, a cerca de 160 quilómetros da sua casa, na zona de Benavila, concelho de Avis, distrito de Portalegre.

O MP, em representação do filho menor de Rosa Grilo e do triatleta, apresentou um pedido de indemnização civil de 100 mil euros contra a arguida e António Joaquim.

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