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Venezuela: Últimas informações indicam que "não há portugueses em perigo"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou hoje que não há portugueses com a sua segurança em perigo na Venezuela, segundo as últimas informações que recebeu da Embaixada de Portugal em Caracas.

Venezuela: Últimas informações indicam que "não há portugueses em perigo"
Notícias ao Minuto

18:56 - 30/04/19 por Lusa

País Santos Silva

"Quero dar conta das últimas informações que recebi da nossa embaixada em Caracas. Este é o momento, é o princípio da tarde na Venezuela e, começando pelas boas notícias, nós não temos informação nenhuma relativa a qualquer português ou portuguesa que tenha sido vítima de qualquer ato que pusesse em perigo a sua segurança", declarou o ministro aos jornalistas, em Macau.

Augusto Santos Silva, que está a acompanhar a visita de Estado do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à China, referiu que "os estabelecimentos portugueses estão fechados, o Centro Português de Caracas também se encontra encerrado, mas em segurança".

"E da consulta que foi feita, através da rede dos nossos Conselhos das Comunidades e de outros contactos na comunidade, resulta a ideia de que, felizmente, não temos nenhum concidadão ou concidadã que tenha a sua situação de segurança em questão", acrescentou.

No seu entender, "quanto à situação mais geral, faltam avaliações independentes", mas rejeitou a ideia de um cenário de pré-guerra civil: "É um cenário que eu não qualificaria dessa forma".

"A situação está ainda indefinida e, por isso mesmo, é altura de renovar o apelo aos nossos concidadãos, para que tomem as medidas de segurança apropriadas, e renovar o apelo a todas as partes na Venezuela, para que ajam politicamente e não através da violência", declarou.

Segundo o ministro, "é sobretudo necessário apelar para aqueles que ainda controlam os meios repressivos do Estado, para se absterem de utilizá-los, designadamente contra pessoas indefesas, contra civis, contra pessoas que apenas exercem o seu direito ao protesto, à manifestação ou à reunião".

"Esse é um apelo que se dirige sobretudo ao atual Governo da Venezuela [de Nicolás Maduro], porque é o atual Governo da Venezuela e é a atual Presidência, estrutura administrativa da Venezuela, que tem neste momento o controlo dos meios do Estado, por natureza, policial e militar", argumentou.

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros, neste momento verifica-se "o espectável nestas circunstâncias, que é uma espécie de guerra de contrainformação", mas sabe-se que existem "movimentações da Guarda Nacional que, infelizmente, têm procurado reprimir manifestantes pacíficos".

Decorrem "manifestações pacíficas e ordeiras de pessoas que designadamente acorrem à praça Altamira, onde neste momento se encontra o presidente da Assembleia Nacional e que manifestam apoio a este presidente, o deputado Juan Guaidó", referiu.

"Há também notícia de que, infelizmente, forças afetas ao regime de Maduro estão a convocar e a exortar os coletivos a agirem em defesa do regime de Maduro. Como sabem, os coletivos são bandos armados e, portanto, ilegais", disse o ministro.

Augusto Santos Silva adiantou que o embaixador de Portugal em Caracas relatou "extrema dificuldade em fazer chamadas locais" e que "foi cortado o acesso, por exemplo, a uma televisão internacional".

Interrogado se o Governo tem medidas cautelares em marcha para o caso de ser necessário retirar portugueses da Venezuela, ou dar-lhes outro tipo de apoio, o ministro reiterou que Portugal pré-ativou o seu "próprio plano" e que "os vários departamentos dos vários ministérios encarregados de executá-lo estão em coordenação" para o ativar, se for necessário.

A "preocupação principal" de Portugal tem sido contactar os dirigentes da comunidade portuguesa e, em segundo lugar, as embaixadas de países da União Europeia com representação diplomática na Venezuela e a própria delegação da União Europeia, chefiada pela portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, explicou.

O chefe da diplomacia portuguesa deixou um novo apelo a "uma solução política negociada que permita ao povo venezuelano exprimir-se de novo e escolher quem quer que o dirija".

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