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Treze anos de prisão para idoso que matou vizinho após discussão

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a 13 anos de prisão um homem de 74 anos por ter esfaqueado mortalmente um vizinho de 38 anos num prédio situado naquela cidade, após uma discussão.

Treze anos de prisão para idoso que matou vizinho após discussão
Notícias ao Minuto

16:22 - 26/04/19 por Lusa

País Aveiro

O coletivo de juízes deu como provado que o arguido aguardou que o vizinho se virasse de costas para si, tendo desferido um golpe com a navalha no peito da vítima e, quando esta estava caída no chão, desferiu um segundo golpe, agora na zona do pescoço.

De seguida, voltou ao seu apartamento, fechou a porta e ordenou que a sua companheira limpasse a navalha.

O septuagenário estava acusado de homicídio qualificado, mas o coletivo de juízes decidiu alterar para simples, por não se ter provado que o crime ocorreu por motivo torpe ou fútil, como constava na acusação.

Durante o julgamento, o arguido reconheceu que a navalha que apareceu junto ao corpo era sua, mas negou ter sido ele a esfaquear o vizinho, não tendo convencido o tribunal com o seu depoimento.

"Embora ninguém tenha assistido à prática dos factos, não suscitaram dúvidas ao tribunal que foi o arguido o autor dos mesmos, pois a conjugação dos depoimentos prestados com o teor dos relatórios periciais permite tal conclusão", disse a juíza presidente.

A magistrada realçou ainda que o arguido não apresentou qualquer justificação para a mancha de sangue da vítima que foi encontrada no seu pé, lembrando que o próprio referiu ao tribunal que, quando foi para o interior do apartamento, não havia sangue a sair do corpo da vítima.

A juíza disse ainda que o septuagenário vai manter-se em prisão preventiva até ao trânsito em julgado da decisão.

Os factos ocorreram a 30 de julho de 2018, pelas 23h20, nas escadas de um prédio de quartos arrendados a pessoas apoiadas pela Segurança Social, situado no centro da cidade de Aveiro, na sequência de uma discussão entre o arguido e o vizinho.

Durante o julgamento, o arguido negou os factos, admitindo apenas ter dado "dois empurrões" no vizinho, que fizeram com que este caísse e batesse com a cabeça na quina da porta de entrada do apartamento, tendo desmaiado.

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