PSD acusa Governo de ausência de reservas para autoridades e emergência

O PSD criticou hoje o Governo por não ter acautelado reservas especiais de combustíveis para bombeiros, Proteção Civil e forças de segurança, considerando que "correr atrás do prejuízo" quando se sabia da greve há 15 dias é "uma irresponsabilidade".

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Lusa
17/04/2019 18:10 ‧ 17/04/2019 por Lusa

Política

Duarte Marques

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado do PSD anunciou o envio de um conjunto de perguntas ao Governo, "lembrando que o pré-aviso de greve data pelo menos de 01 de abril".

"Não deixa de ser caricato que num país que faz parte da União Europeia, que sabe de uma greve há pelo menos 15 dias, que o Governo não tenha precavido reservas especiais para bombeiros, para a Proteção Civil e para as forças de segurança", condenou.

Esta "confusão" a que se está a assistir de se "correr atrás do prejuízo", na perspetiva do PSD, "não é digna de um país que sabe de uma greve e que tem que saber lidar com estas contingências", não tendo utilizado "medidas que estavam previstas para evitar este pânico".

"Tendo em conta que há pelo menos 15 dias que se sabe desta greve é uma grande irresponsabilidade que isto não tenha sido previsto", lamentou.

Segundo Duarte Marques, aquilo que os sociais-democratas querem saber é "o que Governo fez quando soube desta ameaça ao abastecimento para ativar um decreto-lei que é uma transposição de diretiva para Portugal sobre a segurança dos combustíveis" e que permite constituir um conjunto de reservas para garantir o abastecimento de combustível.

"Temos os bombeiros, a proteção civil e as forças de segurança dependentes da boa-fé dos revendedores de combustível, da simpatia dos consumidores porque é com base nisso que a Liga de Bombeiros e o próprio Governo pediu aos distribuidores que deixem passar à frente o INEM, as forças de segurança e a proteção civil", observou.

O PSD quer ainda ver esclarecido se o executivo tem "algum Plano de Intervenção atualizado para fazer face a uma situação de carência de combustíveis em todo o território" e se vai "garantir o alargamento dos serviços mínimos a todos os concelhos do país e não apenas a Porto e Lisboa".

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito.

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou hoje que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas "praticamente" com a rede esgotada.

O primeiro-ministro admitiu hoje alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está "inteiramente assegurado" para aeroportos, forças de segurança e emergência.

 

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